segunda-feira, julho 30, 2012

Educação e Doutrinação: A UNESCO e as Sete Lições Complexas

Autor: Carl Teichrib
Forcing Change, Volume 9, Edição 1

"O conceito motivador supremo do futuro é a sinergia: homens e mulheres de todas as nações se unindo e seguindo líderes de grande visão, que veem que a busca de um ideal comum, um mundo, uma Terra, um povo, é a razão para toda a existência." — Desmond E. Berghofer, fundador da Creative Learning International.

Se você quiser alterar radicalmente o futuro da sociedade, o modo mais eficaz é moldar hoje a mente dos jovens. Este não é um ideal utópico, é um conceito já testado e aprovado. Os jovens e as crianças são o grupo demográfico que mais pode ser influenciado e aquilo que tem um impacto sobre eles agora se correlaciona diretamente com ação posterior na vida. Além disso, o que influencia a juventude hoje não apenas molda as mentes para o futuro, mas também desafia os adultos a mudarem seus comportamentos atuais. Isto é especialmente verdade com relação às crianças, que se apaixonam por uma determinada causa e aplicam pressão sobre seus pais para que mudem seu estilo de vida e/ou seus modos de pensar.

Os publicitários e outros especialistas no ramo do marketing compreenderam esse conceito fundamental há várias décadas e exploram com sucesso o elemento juvenil/infantil de todas as formas imagináveis. E isto funciona, como demonstra facilmente uma análise da indústria multibilionária das refeições rápidas. Sem dúvida, as mentes das crianças e dos jovens são como páginas em branco, abertas e prontas para receberem uma infinidade de mensagens. É por isto que a educação é importante — é a implantação direta de informações de tal modo que um resultado desejado seja alcançado.

Tipicamente, considera-se que a educação pública e geral tenha dois componentes interligados: o avanço acadêmico e a formação do caráter. Como pais, queremos ver nossos filhos avançarem em conhecimentos, sabedoria e inteligência e que desenvolvam os mecanismos mentais necessários para continuarem o aprendizado por toda a vida. Também queremos que nossos filhos adotem atributos positivos de caráter, tanto para a melhoria individual quanto da comunidade como um todo. Em outras palavras, esperamos que a educação molde as crianças e os jovens a se tornarem cidadãos inteligentes e responsáveis.

Ironicamente, o lado do caráter desta equação é quase uma inversão do passado, quando as gerações anteriores compreendiam que os maiores responsáveis por instilar as atitudes e códigos de condutas apropriados eram os pais. Essa realidade era visível quando uma criança se comportava mal na escola. Para a criança, a questão não era tanto o que o professor poderia fazer, mas como o papai e a mamãe lidariam com o problema quando ela chegasse em casa. Afinal, como você se comportava na escola era um reflexo da educação que você recebia no lar.

Aludindo ao poder da educação, um documento da UNESCO diz: "O potencial da educação é enorme. Não somente ela pode informar, mas também pode mudar as pessoas."

Embora isto pareça simples inicialmente, é um comentário revelador, especialmente porque a educação em grande parte assumiu o papel de formação do caráter. E qual é a direção comportamental que está sendo seguida?

Um exame na UNESCO, o braço educacional da Organização das Nações Unidas, nos dá uma janela para a "educação" como um agente de transformação para a cidadania mundial.


Uma Filosofa de Transformação Mundial

Federico Mayor, diretor-general da Organização Educacional, Científica e Cultural das Nações Unidas (UNESCO) de 1987 a 1999, foi rápido em reconhecer o vínculo entre educação e mudança futura:


"A educação, no sentido mais amplo do termo, exerce um papel preponderante neste desenvolvimento voltado para mudanças fundamentais nos nossos modos de viver e de nossos comportamentos. A educação é a 'força para o futuro', pois é um dos mais poderosos instrumentos de transformação."

Os comentários de Mayor, feitos no limiar do século 21, não foram dirigidos aos fundamentos tradicionais básicos da educação (leitura, escrita, aritmética), mas foram proferidos no contexto da transformação global. No prefácio do documento intitulado Seven Complex Lessons in Education for the Future (Sete Lições Complexas na Educação para o Futuro), o diretor-geral da UNESCO ofereceu uma grande visão:

"Entretanto, podemos ter certeza de pelo menos uma coisa: se quisermos que este planeta atenda às necessidades de seus habitantes, a sociedade humana precisa passar por uma transformação. O mundo do amanhã precisará ser fundamentalmente diferente do mundo que conhecemos à medida que entramos no século 21 e no novo milênio."

O quão diferente o mundo precisa se tornar e em que direção essa transformação está levando a sociedade? Em 1947, Julian Huxley, diretor-geral da UNESCO, escreveu um pequeno, porém importante livro sobre essa organização, que foi fundada em 1945 mas que somente entrou em efeito no ano seguinte. Em UNESCO: Its Purpose and its Philosophy (UNESCO: Seu Propósito e sua Filosofia), Huxley proclamou abertamente uma lógica humanista secular e evolucionária para esse importante órgão da ONU: "... a filosofia geral da UNESCO deve ser um humanismo secular científico, global em sua extensão e evolucionário em seu pano de fundo."

Ao descrever essa filosofia evolucionária, Huxley demonstrou o desejo pelo gerenciamento direto na formação da cultura humana. Ao ler as seguintes afirmações, considere atentamente as profundas implicações daquilo que Huxley quis transmitir:


"Nossa primeira tarefa precisa ser clarificar a noção da direção desejável e indesejável da evolução, pois disso dependerá nossa atitude para o progresso humano..."


"Assim, a luta pela existência, que é a base da seleção natural, é cada vez mais substituída pela seleção consciente, uma luta entre ideias e valores na consciência."
  • "A partir do ponto de vista evolucionário, o destino do homem pode ser resumido muito simplesmente: é para realizar o máximo progresso no mínimo tempo. É por isto que a filosofia da UNESCO precisa ter um pano de fundo evolucionário e por que o conceito de progresso não pode deixar de ocupar uma posição central nessa filosofia."
  • "A análise do progresso evolucionário nos dá certo critério para julgar o certo e o errado de nossos objetivos e atividades."
  • ".... A UNESCO precisa constantemente testar suas políticas com relação ao critério de avaliação do progresso evolucionário. Um conflito central dos nossos tempos é aquele entre o nacionalismo e o internacionalismo, entre o conceito de muitas soberanias nacionais e uma soberania global..."
  • "A moral para a UNESCO é clara. A tarefa dela de promover a paz e a segurança nunca poderá ser totalmente realizada pelos meios atribuídos a ela — educação, ciência e cultura. Ela precisa contemplar alguma forma de unidade política, seja por meio de um único governo mundial ou não, como os únicos meios certos para evitar a guerra... Especificamente, é seu programa educacional que pode enfatizar a necessidade de uma união política mundial e familiarizar todos os povos com as implicações da transferência da soberania plena das nações separadas para uma organização mundial. Mas, de forma mais geral, ela pode fazer muito para lançar os alicerces sobre os quais a unidade política poderá ser construída posteriormente."
Como a agência educacional das Nações Unidas, Huxley vinculou abertamente a filosofia da UNESCO de evolução/governo mundial com o processo de aprendizado público. Considere a seguinte afirmação:


"... como o mundo hoje está no processo de se tornar um, e como um dos principais objetivos da UNESCO precisa ser ajudar na acelerada e satisfatória realização desse processo, a UNESCO precisa prestar atenção especial à educação internacional, a educação como uma função de uma sociedade mundial..." [tradução nossa].

Huxley sugeriu outras buscas interligadas na busca para mudança mundial, como a eugenia (a arte de guiar a evolução humana por meio da reprodução controlada), medidas de controle populacional, como "centros de controle da natalidade" e reversão da ética "errada" da medicina moderna (um aumento na longevidade da população é negativo ao progresso evolucionário), políticas renovadas com relação à produtividade agrícola junto com o bem-estar social em um contexto evolucionário e o uso da propaganda e das "técnicas de persuasão", como "Lenin imaginou" para "superar a resistência de milhões para uma mudança desejável."

Colocando tudo isto junto e usando o conflito humano como um motivo para a mudança global, Huxley escreveu:


"... a tarefa que está diante da UNESCO é necessária e oportuna e, apesar de todos os múltiplos detalhes, é simples. A tarefa é ajudar o aparecimento de uma única cultura mundial, com sua própria filosofia e pano de fundo de ideias, e com seu próprio propósito amplo. Isto é oportuno, pois esta é a primeira vez na história que a plataforma e os mecanismos para unificação mundial se tornaram disponíveis e também a primeira vez que o homem tem os meios (na forma de descoberta científica e suas aplicações) de lançar um alicerce mundial para o bem-estar físico mínimo de toda a espécie humana. E é necessário, pois no momento duas filosofias opostas de vida se confrontam a partir do Ocidente e do Oriente..."

"Você pode categorizar as duas filosofias como dois supernacionalismos, ou como individualismo versus coletivismo, ou como o modo de vida americano versus o modo de vida russo, ou como capitalismo versus comunismo, ou como cristianismo versus marxismo, ou em seis outras formas... Pode esse conflito ser evitado, esses opostos serem reconciliados, essa antítese ser resolvida em uma síntese mais elevada? Acredito que não somente isto possa acontecer, mas que, por meio da inexorável dialética da evolução, precisa acontecer..." [tradução nossa; ênfase no original].

Pense nisto: Como um pretexto para a unidade mundial, o que aconteceria se o cristianismo se amalgamasse com o marxismo? Uma nova variedade de evangelho social surgiria, centrado não nos fundamentos bíblicos, mas no consenso humanista, com a transformação social como seu objetivo central.


O que aconteceria se o individualismo e o coletivismo se misturassem? Uma nova civilização de democracia global nasceria, uma civilização que coloca a "comunidade" acima das pessoas, e eleva o bem-comum (por exemplo, o meio ambiente) acima dos "interesses estreitos e mesquinhos" dos indivíduos.

E que tal a síntese do capitalismo com o comunismo? Esse híbrido seria chamado de "globalização econômica". Tudo isto soa familiar para você?

Em 1999, a UNESCO convidou Edgar Morin, então diretor emérito do Centro Nacional (Francês) para a Pesquisa Científica, para ajudar a formular uma melhor compreensão das filosofias básicas que fundamentam a transformação na educação mundial.

Essencialmente, esperava-se que o trabalho de Morin "estimulasse a discussão sobre como a educação poderia e deveria atuar como uma força para o futuro."

Morin enfocou as "Sete Lições Complexas" ou as "sete facetas de conhecimentos essenciais" que ele achava necessários "na educação para o futuro em todas as sociedades". As "Sete Lições Complexas" são:


1. Detectar o erro e a ilusão:

"Tudo o que sabemos está sujeito ao erro e à ilusão."

Utilizando as observações de Karl Marx e Friedrich Engels, os autores do Manifesto Comunista, Morin defendeu a opinião que o homem está continuamente em um estado de engano e erro intelectuais.

Ao tentar explicar a restruturação das ideias, doutrinas e crenças no estabelecimento de uma nova civilização, Morin ataca todos os fundamentos da verdade. Isto inclui "crenças oficiais, doutrinas soberanas.. ideias recebidas sem questionamento, crenças estúpidas não contestadas e absurdos triunfantes..." Qualquer coisa que "rejeite a evidência" para defender sua própria estrutura de crenças é considerado erro e/ou ilusão. Entretanto, essa ideia, Morin admite, é gerada pelas ideias:

"... O mito e a ideologia destroem e devoram os fatos. Porém, é pelas ideais que podemos perceber as deficiências e perigos da ideia. Daí o paradoxo inexplicável: temos de liderar uma batalha crucial contra as ideias, mas não podemos fazer isso sem a ajuda das ideias."

Morin lida com esse paradoxo fornecendo a seguinte recomendação: "Devemos sempre lembrar de manter nossas ideias em seus lugares como mediadoras e não identificá-las com a realidade."

Se isto parece nebuloso, é porque é. É uma tentativa de caminhar sobre uma corda filosófica esticada de um lado a outro, o que faz o viajante cair imediatamente em um buraco escuro.

Em um sentido, é o equivalente de enfaticamente declarar: "Não existe verdade e isto é a verdade." Mas, por que o autor deste relatório da UNESCO segue esse caminho de nenhuma verdade/nenhuma realidade? Por que a educação, de acordo com Morin, é um ato de criar "metapontos de vista" globalmente aceitáveis sobre a noosfera."

O que é a "noosfera"? É a hipótese que a consciência de toda a humanidade instiga a evolução transcendente: uma premissa mística que se encaixa como uma mão na luva com o conceito de Gaia de uma bio-Terra viva, que interage e está em evolução. Em outras palavras, novas cosmovisões precisam surgir que incorporem os "fatos" da evolução cósmica e consciente. Em contraste com isto, as ilusões e erros — ideias, crenças ou doutrinas que se opõem a essa consciência especial — precisam ser relativizadas e domesticadas." [itálicos no original].

Como Morin conclui sua primeira lição complexa:

"Se queremos esperar o progresso básico no século 21, os homens e mulheres precisam parar de serem os brinquedos inconscientes de suas ideias e, não somente de suas ideias, mas de seu próprio autoengano. A maior responsabilidade da educação é armar cada pessoa para o combate vital pela lucidez."

As casas intelectuais construídas sobre os fundamentos da verdade e da realidade não são apropriadas para esta Nova Era Global. Ao contrário, a educação que leva a sociedade para o inferno dos valores mutáveis é a chave para a unidade global. Por quê? Porque as pessoas adaptáveis e flexíveis podem ser facilmente moldadas.


2. Princípios de Conhecimento Pertinentes:

Nesta seção, o autor da UNESCO toca em um ponto importante: se quisermos compreender o mundo hoje, não podemos compartimentalizar o conhecimento. Ao contrário, temos de ver como os vários campos de estudo se sobrepõem e trabalham em conjunto, dando-nos um quadro mais completo.

Como o relatório declara: "A sociedade inclui dimensões históricas, econômicas, sociológicas e religiosas... O conhecimento pertinente precisa reconhecer essa multidimensionalidade e inserir seus dados dentro dela."

Morin não está errado. De fato, esta é uma parte significativa do modo como a Forcing Change opera — um tipo abordagem macro e inteligente para as informações e o conhecimento. Entretanto, a cosmovisão adotada por Morin e pela UNESCO procura integrar o conhecimento como um fato em uma cultura global em evolução. "Nesta era planetária temos de situar tudo no contexto e no complexo planetários."

Como reforça outro documento da UNESCO: "... o verdadeiro desafio, que a comunidade internacional precisa encarar, é visualizar políticas, estratégias e linhas de ação para todo o planeta..." E


"A cidadania planetária precisa facilitar a interação entre os cidadãos do mundo, para construir sabedoria e imagens mentais em uma escala planetária. Fortalecer a ideia de uma civilização mundial fornecerá o estágio para comunicar, interagir, associar e rejeitar aquilo que não se encaixa nos códigos globais. As pessoas precisam se tornar cidadãos da Terra, e não de uma única cultura."


3. Ensinando a Condição Humana:

A "condição humana", de acordo com a UNESCO e Morin, é uma condição cósmica evoluída:

"As partículas que constituem nosso organismo apareceram nos primeiros segundos de vida no nosso cosmos, quinze bilhões (talvez?) de anos atrás; nossos átomos de carbono foram constituídos em um ou em vários sóis que precederam o nosso Sol; nossas moléculas se combinaram nas eras convulsivas mais antigas da Terra; essas micromoléculas se juntaram dentro de redemoinhos e uma delas, crescendo mais em diversidade molecular, se metamorfoseou em algo novo e muito diferente da estritamente organização química anterior, para criar uma auto-organização viva." [Itálicos no original].

Isto é fascinante. Morin contradiz completamente a descoberta de um dos cientistas mais famosos de seu país, Louis Pasteur, a estabelecida Lei da Biogênese (que diz que a vida não pode surgir a partir de matéria sem vida). Se Pasteur estivesse vivo hoje, é muito duvidoso que a UNESCO prestigiaria esse químico eminente. Afinal, a cosmovisão de Pasteur — "Quanto mais estudo a natureza, mais admiro a obra do Criador" — se choca com a UNESCO. Morin, por outro lado, ignora completamente a obra provada de seu colega francês.


"Um pouco de substância física organizou-se termodinamicamente nesta Terra. Encharcada na água salgada, fervida em produtos químicos, sacudida com carga elétrica, ela veio à Vida... Nós, os vivos, somos um graveto da diáspora cósmica, algumas migalhas da existência solar, um minúsculo broto da existência terreal."

"Somos parte do destino cósmico, mas somos um grupo marginal: nosso planeta é o terceiro satélite de um sol lançado para fora de seu trono central para se tornar um pigmeu celestial que peregrina entre bilhões de estrelas..."

"Cinco bilhões de anos atrás, nosso planeta foi formado, aparentemente um agregado de detritos cósmicos da explosão de um sol anterior; quatro bilhões de anos atrás a organização viva surgiu a partir de um redemoinho macromolecular no meio de tremendas tempestades e convulsões telúricas."

"A Terra produziu e se organizou dentro de sua dependência do sol e, quando desenvolveu sua biosfera, constituiu-se como um sistema complexo. Somos seres cósmicos e terrestres ao mesmo tempo."

Aqui está o aspecto crucial da condição humana, de acordo com a UNESCO: somos entidades cósmicas. Acidentes cósmicos, para sermos mais exatos, mas ainda assim cósmicos. Como Morin nos diz:


"… todo ser humano, como um ponto em um holograma, traz o cosmos dentro de si. Também devemos ver que todo ser humano, mesmo uma pessoa confinada na vida mais ordinária, é um cosmo em si mesmo."

Concluindo esta terceira lição complexa na educação para o futuro, essa ordem cósmica/evolucionária nos leva para o caminho do destino e da cidadania.


"A educação deve mostrar e ilustrar as múltiplas facetas do Destino humano: destino na espécie humana, destino individual, destino social, destino histórico, todos esses destinos misturados juntos e inseparáveis. Uma das vocações essenciais da educação do futuro será a investigação e o estudo da complexidade humana. Isto levará ao conhecimento [prise de connaissance] que dará conscientização [prise de conscience] da condição comum de todos os seres humanos, da riquíssima e necessária diversidade de indivíduos, povos, culturas e de nossa raiz como cidadãos da Terra..." [itálicos e colchetes no original].


4. Identidade da Terra

Compreender a posição de Morin sobre a identidade da Terra não é difícil. Esta é a culminação da educação para a UNESCO: civilização mundial. Três citações de Morin serão suficientes para ilustrar este ponto.

"Nosso planeta requer pensamento policêntrico que possa objetivar a um universalismo que não é abstrato, mas consciente da unidade/diversidade da condição humana; um pensamento policêntrico alimentado pelas culturas do mundo. Educar para esse pensamento é a finalidade da educação do futuro, que na era planetária deve trabalhar para uma identidade e consciência da Terra".

"... podemos ver o potencial de uma nova criação — a cidadania da Terra — no terceiro milênio, nascida das sementes e embriões dados em contribuição pelo século 20. Uma educação que tanto transmita o antigo e abra a mente para o novo, está no centro de sua nova missão."

"Hoje, o objetivo global fundamental de toda a educação que aspira não somente ao progresso, mas à sobrevivência da humanidade é Civilizar e Unificar a Terra e Transformar a espécie humana em uma genuína humanidade. A conscientização da nossa humanidade nesta era planetária deve nos levar a uma nova unidade e à comiseração recíproca de um para o outro, e de todos para todos. A educação do futuro deve ensinar uma ética de compreensão planetária." [maiúsculas e itálicos no original].


5. Confrontando as Incertezas:

Na filosofia Alemã Hegeliana, a dialética ocorre assim: a Tese e a Antítese, ambas opostas, são reconciliadas na Síntese. Repita este processo até que o Objetivo Final seja alcançado.

Embora a filosofia hegeliana em suas muitas formas possa ser difícil de compreender, essa dialética é compreensível. De modo a atingir o Objetivo Final, uma Tese inicial é apresentada — chame-a de Primeira Agenda. Essa Primeira Agenda é radical e nunca será aceita da forma como é; ela precisa de um modificador. Portanto, uma ideia ou força oposta, a Antítese, é colocada no quadro — chame-a de Oposição Planejada. Na desordem inevitável que ocorre, a reconciliação/apaziguamento é exigido, e ocorre a concordância em uma nova posição, a Síntese, o que leva o processo um passo mais para perto do Objetivo Final. Repita tudo até que a última Síntese se torne o Objetivo Final. [Veja o quadro mostrado a 
seguir].


Outro modo de expressar isto é usar o termo em latim Ordo Ab Chao, ou Ordem a Partir do Caos.

Para alcançar o resultado, produza o Caos. A partir do clamor pela Ordem, apresente uma Solução que traga o Resultado desejado. Essa filosofia pode ser encontrada no relatório da UNESCO, de Morin, dentro da Quinta Lição Complexa. Escrevendo sobre ordem e desordem, e então ligando confrontação com a transformação social, o autor diz:


"A aventura incerta da humanidade é simplesmente a continuação da aventura incerta do cosmos, criado a partir de um acidente que desafia nossa imaginação, e seguindo seu curso de criações e destruições..."

".... a própria Terra, que provavelmente se originou a partir de um amontoado de refugo cósmico emitido por uma explosão solar, está auto-organizada em um diálogo entre a ordem — desordem — organização..."

"... Uma nova consciência está emergindo. Confrontado por incertezas de todos os lados, o homem está sendo levado a uma nova aventura. Temos de aprender a confrontar a incerteza porque vivemos em uma época de transformações em que nossos valores são ambivalentes e tudo está interconectado." [itálico no original].

Paradoxalmente, embora a Terra e a Humanidade sejam produtos de um acidente colossal (de acordo com Morin), as atividades educacionais — uma ação inegavelmente planejada — procuram introduzir uma nova sociedade utópica por meio do princípio do caos/ordem/resultados.

Claramente, os valores e as realidades tradicionais não podem ser tolerados na busca por esse mundo futuro, pois formam uma oposição fixamente firmada na história (domínio do governo central observado na Alemanha Nazista e na União Soviética), e a lógica da real condição humana (um reconhecimento da ganância, da lascívia e do poder). Observe que essa oposição fixamente firmada não é uma ação pré-planejada (Tese/Antítese) com a intenção de introduzir incertezas (caos) que dali para frente levarão à transformação desejada da civilização (a Síntese final). Portanto, a "realidade" que está na história e nos valores tradicionais, precisa ser minimizada como "ilusão". É necessário flexibilidade no modo de pensar para construir o futuro utópico.


"A realidade não é facilmente legível. As ideias e teorias não são um reflexo da realidade, são traduções e, algumas vezes, más traduções. Nossa realidade não é nada mais que nossa ideia da realidade... as piores ilusões são encontradas dentro das certezas intolerantes, dogmáticas e doutrinárias..."


6. Compreensão Mútua:

Tolerância global é o padrão de referência para a UNESCO, de modo que Morin toca nesse código social de conduta, levando para casa o ponto de reformar os processos de pensamento em direção à harmonia planetária.


"Devemos conectar a ética da compreensão interpessoal com a necessidade maior para compreensão globalizada na ética da era planetária. A única globalização que realmente serviria a humanidade é a compreensão globalizada, a solidariedade humana espiritual e intelectual globalizada."

"Nosso planeta necessita de compreensão mútua em todas as direções. Dada a importância da educação para a compreensão, em todos os níveis educacionais e para todas as idades, o desenvolvimento da compreensão exige uma reforma planetária das mentalidades: esta é a tarefa para a educação do futuro."


7. Ética para o Gênero Humano:

Nesta lição final, o encargo de Morin para a UNESCO é que "tomemos responsabilidade pela missão antropológica do milênio..."

Assim, como ele sugere essa direção da humanidade como uma missão primordial? Desenvolvimento social direto, educando para uma ética de unificação planetária, incluindo "unidade na diversidade planetária"

Tudo isto está incorporado na crença na Terra Viva/Gaia/noosfera da evolução humana/cósmica, com um Objetivo Final político.


"A humanidade não é mais simplesmente uma noção biológica, mas deve ser plenamente reconhecida em sua inclusão inseparável na biosfera. A humanidade não é mais uma noção sem raízes, ela está enraizada em uma 'Pátria', a Terra, e a Terra é uma Pátria ameaçada de extinção." [Itálico no original].

"... podemos definir nossas finalidades: a busca de... humanização por meio da obtenção da cidadania terreal... para uma comunidade planetária organizada. Não é esta a verdadeira missão da Organização das Nações Unidas? [Itálico no original].


A UNESCO em Ação

Como o fermento leveda a massa, assim também a filosofia da UNESCO do humanismo secularizado opera nos nossos sistemas educacionais. Filosoficamente, a organização de Huxley não mudou, tampouco sua grande visão de transformação.

Refletindo sobre a educação como uma ferramenta para a transformação, um relatório conjunto da UNESCO com o governo grego, de 1997, intitulado, Education for a Sustainable Future(Educação para um Futuro Sustentável), pinta um quadro que teria sido aprovado por Huxley:


"... o potencial para a educação é enorme. Ela não somente pode informar as pessoas, pode transformá-las. Ela não é apenas um meio para o esclarecimento pessoal, mas também para a renovação cultural. A educação não somente fornece as habilidades científicas e técnicas necessárias, mas também fornece a motivação, a justificativa e o suporte social para buscar e aplicá-las. A educação aumenta as capacidades das pessoas de transformar suas visões da sociedade em realidade operacionais. É por esta razão que a educação é o agente principal de transformação para o desenvolvimento sustentável..."

Este relatório de 1997 também conectou os pontos entre os muitos acordos e encontros de cúpula internacionais que ocorreram durante a década de 1990, com uma inclinação particular para o objetivo do "desenvolvimento sustentável" — uma expressão-chave que engloba práticas de gestão socialistas com relação ao uso da terra, da população, do desenvolvimento, a utilização dos recursos naturais e outras áreas sensíveis em termos do meio ambiente. Essencialmente, "desenvolvimento sustentável" é um processo administrativo e político que enfoca o impacto de duas estruturas culturais: a economia e a atividade social — com políticas governamentais intencionalmente alavancadas para impor a mudança nesses dois setores.

Discutindo o papel dos arranjos políticos e da educação, este documento da UNESCO fez a ponte entre o global e o local:


"O centro desse novo consenso internacional é uma nova visão da educação, da conscientização pública e do treinamento como o suporte essencial para o desenvolvimento sustentável... Dentro dos planos de ação, a educação não é mais vista como um fim em si mesma, mas como um modo de:
  • Produzir as mudanças nos valores, no comportamento e no estilo de vida que são necessários para alcançar o desenvolvimento sustentável e, finalmente, a democracia, a segurança e a paz.
  • Disseminar conhecimento, tecnologias e habilidades que são necessárias para produzir padrões de consumo e de produção sustentáveis.
  • Garantir uma população informada que esteja preparada para suportar as transformações para a sustentabilidade emergindo dos outros setores.
"Estes planos de ação devem ser implementados não somente pelas instituições internacionais como o sistema das Nações Unidas, mas também, e mais importante, por entidades nacionais e locais."

É aqui que o pneu pega a estrada: a agenda global começa a ser inserida em todos os níveis da sociedade. Portanto, os programas educacionais da UNESCO não são meros exercícios acadêmicos; são intencionalmente criados para influenciar os sistemas educacionais globais, regionais, nacionais e locais — eles são criados intencionalmente para impactar sua cultura. Aqui estão alguns exemplos:

Influência global: Por meio das mesas redondas e conferências em nível ministerial, em que os representantes dos países procuram uma base comum e concordam em implementar os planos de ação da UNESCO. A próxima mesa redonda significativa em nível ministerial ocorrerá na sede da UNESCO em Paris, em 19-20 de outubro de 2007.

Influência regional: A cada ano, a UNESCO realiza encontros e consultas em cada zona regional do planeta, apoiando uma ampla variedade de programas educacionais, culturais e científicos.

Este ano, iniciando com a conferência UNESCO/Casa Branca, a organização promoveu uma série de seis encontros regionais sobre alfabetização e educação dos professores. Erradicar o analfabetismo é uma ação nobre; entretanto, até mesmo a alfabetização é tratada como uma pedra sobre a qual se deve pisar na travessia do rio rumo aos objetivos internacionalistas. Em 2000, Gene B. Sperling, Assistente do Presidente dos EUA para Política Econômica, trouxe esses dois conceitos juntos ao participar do Fórum Educação para Todos, promovido pela UNESCO: "É difícil imaginar um investimento mais eficaz no sucesso dos mercados abertos e na integração global que a expansão da alfabetização."

Influência Nacional: Nos EUA, quase 800 escolas usam os programas da International Baccalaureate Organization. A IBO foi formada conjuntamente em 1968 pela UNESCO, Fundação Ford e o Fundo do Século Vinte e, ao longo dos anos, ela e a UNESCO foram parceiras no desenvolvimento de materiais didáticos que promovem a ética planetária e a unidade mundial.

Outro exemplo nacional é o encontro Luneburg 2000, na Alemanha, intitulado "Educação Superior para o Desenvolvimento Sustentável: Novos Desafios a Partir de uma Perspectiva Global", que procurou modos de reorientar a educação para os objetivos de desenvolvimento sustentável em todas as universidades alemãs.

Nível Local: Tipicamente, as estratégias nacionais e internacionais da UNESCO são filtradas para o nível local. Afinal, o local é onde as decisões mais elevadas são finalmente visadas. Alguns exemplos canadenses interessantes existem para 2005 que valem a pena mencionar, pois refletem a ampla abrangência do envolvimento da UNESCO na cultura canadense. Os itens a seguir foram tirados do Relatório Anual do Secretário-Geral, Comissão Canadense para a UNESCO, de 2005:
  • "Combater o Racismo Urbano", Ottawa, 24 de janeiro [enfoque nas políticas para lutar contra a discriminação, a xenofobia e o racismo].
  • "Crescendo nas Cidades”, Gatineau em 21 de fevereiro, Vancouver em 13-14 de setembro [conectando a juventude, as organizações sem fins lucrativos e os governos civis como parte da Rede Crescendo nas Cidades, da UNESCO].
  • "Confiando e Avançando”, um encontro da Associação de Professores de Saskatoon, Saskatoon, 14 de fevereiro [enfocou as cosmovisões como um tema de educação, com a comunidade como uma força unificadora].
  • "Fórum para a Cidadania Responsável”, Quebec, 19-20 de maio [envolvendo um tema de desenvolvimento sustentável para as escolas].
  • "Oficinas Sobre o Festival Carta da Terra” Montreal, 30 de outubro [uma oficina para enfocar a interdependência global, conforme definida na Carta da Terra, um documento do Direito Internacional que define uma ética para a integração mundial.].
Um exemplo final que transcende local para global é a Rede do Projeto de Escolas Associadas, da UNESCO. Este programa busca promover ideias para a unidade global e a paz mundial por meio de uma rede de mais de 7.000 escolas em todo o mundo. De acordo com a Comissão Canadense para a UNESCO:


"As Escolas Associadas promovem os ideais da UNESCO realizando projetos-pilotos e desenvolvendo abordagens educacionais inovadoras e materiais para tratar questões locais, regionais e globais."

Embora algum bem geral possa surgir por meio de um programa como este, como a ajuda para os países do sudeste asiático afetados pelo tsunami, como resultado da participação da escola na Rede da UNESCO, a visão maior da governança mundial evolucionária ainda é o centro das atividades da UNESCO. Portanto, como você lida com a UNESCO no nível local?


A UNESCO e Você

Cada pessoa está em um lugar e em uma posição singulares e responderá de formas que o autor deste relatório não pode imaginar. Entretanto, algumas regras gerais se aplicam ao responder à influência da UNESCO em seu nível e em qualquer outra situação crítica que aparecer:
  1. Conheça os fatos. Estude a história, a filosofia, os personagens e as atividades atuais de modo a ter um conhecimento integrado da situação.
  2. Documente suas posições. Se possível, tenha os materiais à mão e procure garantir que a documentação seja verdadeira para o contexto da crítica.
  3. Seja cauteloso com sua resposta. Há um tempo e um local em que as respostas emocionais, enfáticas e os elementos confrontacionais entram em jogo, porém o tato e a percepção sempre devem ser usados.
  4. Ofereça razões sólidas e lógicas para suas críticas. Exponha suas posições/razões com evidências factuais e em linhas racionais de progressão.
Aqui estão algumas sugestões e possíveis pontos de contato:

Pais: Se suas crianças e adolescentes estão em uma escola pública ou particular, mantenham seus olhos atentos ao currículo e aos materiais usados na formação deles. Façam perguntas como: esta escola usa os materiais da UNESCO? (Em caso afirmativo, peçam para analisá-los.) Quais cosmovisões a escola apresenta em seu currículo? (Muitos funcionários e professores podem não entender a pergunta, de modo que talvez vocês precisem utilizar outras perguntas ou terminologias de modo a saber o que está sendo ensinado.).

Muito frequentemente, uma análise do currículo e dos materiais didáticos é necessária de modo a determinar o que está sendo apresentado. Forneçam respostas construtivas e racionais onde elas forem necessárias. Sendo um pai, você é responsável pelos seus filhos e, se encontrar direções educacionais questionáveis, é sua responsabilidade agir (lembre-se das regras mencionadas anteriormente!). Portanto, diligência apropriada com o sistema escolar é essencial — e onde possível, ajude de outras formas, criando relacionamentos e credibilidade.

Obviamente, as famílias que educam seus filhos no próprio lar não enfrentam os mesmos problemas que as famílias que enviam suas crianças para as escolas públicas ou particulares. Mesmo assim, é importante envolver sua comunidade e os outros pais sempre que as oportunidades aparecerem.

Professores e Funcionários: Estejam alertas para os materiais e técnicas de ensino que promovam a cidadania mundial e a construção de uma ética global. Se esse tipo de currículo foi exigido na sala de aula, utilizem-o como uma plataforma de lançamento para o pensamento crítico. Examinem atentamente as afirmações e incentivem o uso de materiais históricos de fora na definição e defesa das posições. Incentivem os estudantes e os funcionários a pensarem de forma racional e lógica.

Membros da Direção e da Administração Escolar: Sejam mais diligentes com relação às cosmovisões da UNESCO quando elas vierem das Secretarias de Educação. Comuniquem os professores, coordenadores e pais com relação ao uso ou não de certos materiais e enviem suas críticas aos escalões superiores. Lembre-se, vocês não são apenas conduítes para os tomadores de decisão que estão no topo, mas são intermediários entre a comunidade de pais e alunos e a burocracia do sistema educacional.

Políticos e Burocratas Que Definem as Políticas Educacionais: A pressão sobre vocês é enorme para se conformarem e seguirem a linha politicamente aceita. Desenvolvam um plano lógico, examinando profundamente o que está sendo solicitado de vocês. Expressem verbalmente suas preocupações e permitam que a comunidade saiba qual é a sua posição. Sejam firmes na defesa da liberdade, da verdade e da racionalidade. Evitem a mentalidade da manada política quando a Secretaria da Educação ordenar que as agendas de governança global e da UNESCO sejam implementadas e ofereçam razões e alternativas sólidas para tratar e enfrentar a abordagem internacionalista.

Independente de quem você é ou qual sua posição na vida, envolva-se com a juventude. Instile os valores da verdade, da realidade e uma apreciação pelos fatos. Ofereça contrapontos para enfrentar o contínuo bombardeio de valores e ideais globais ambíguos. Lidere com integridade, honestidade e raciocínio sólido. Reconheça a real condição humana e ofereça esperança tangível, não sonhos humanistas utópicos que historicamente não produziram nada, exceto pesadelos.

Alguém já disse que os jovens de hoje serão os líderes amanhã. Isto é verdade, porém os líderes de hoje são aqueles que traçam a rota. Seja um líder.
Fonte: Espada

domingo, julho 29, 2012

Santos ao gosto do freguês!

Em tempos de crise, cresce a devoção a santos com fama de conceder graças rapidamente. Muitos bairros nas grandes metrópoles transformam-se em típicas cidades do interior. Festanças católicas nos moldes tradicionais marcam os feriados. Há procissões, shows, missas e quermesses.

Com o agravamento da situação econômica, a fé, que antes não costumava existir, agora não pode falhar. Tem de ser rápida, expedita. “Os santos que vêm sendo mais cultuados são aqueles diretamente ligados à questão econômica. Pode-se dizer que os quatro preferidos são os que atendem às urgências do povo: Santo Expedito, Santa Edwiges, São Judas Tadeu e Santa Rita de Cássia”, confessou um padre, vigário da Arquidiocese da São Paulo. Além desses, Nossa Senhora Aparecida compõe o quinteto que monopoliza a devoção dos fiéis.

Com base nas histórias relatadas pela tradição, faz-se uma mensagem direta, ligada à vida cotidiana. Por exemplo: Santo Expedito é aquele das causas urgentes, que não pode perder tempo para resolver alguma pendência. Santa Edwiges é a santa dos endividados. São Judas Tadeu e Santa Rita de Cássia ajudam, respectivamente, nos casos desesperadores ou perdidos – um guarda-chuva amplo que pode abrigar tanto os desempregados quanto os com problemas de desavença familiar.

Tendo supostamente as pessoas recebido a graça tão desejada, aparecem nas ruas, nos postes e nos muros dezenas de mensagens de agradecimento ao santo solicitado. Geralmente, encontramos muitas páginas nos periódicos (jornais e revistas) dedicadas aos santos e patrocinadas pelos fiéis ‘satisfeitos’ pelas preces ‘ouvidas’. Todavia, vai aqui uma palavra de cautela: os agradecimentos devem ser divididos por sete e, em alguns casos, até mesmo por noventa! Isso mesmo! O motivo dessa discrepância deve-se ao fato de o suplicante ser obrigado a repetir, ou mesmo multiplicar, seus recados de agradecimento. Geralmente, quando um fiel receita a reza a determinado santo, indica quantas vezes o próximo suplicante terá de divulgar o agradecimento pela graça recebida. Parece que os ‘santos’ já aprenderam que a propaganda é o melhor negócio.

Enquanto alguns santos são conhecidos devido à sua projeção bíblica, outros, no entanto, são comuns apenas na tradição católica. O número desses é surpreendente! A Editora Paulus editou um anuário contendo santos para todos os dias do ano, e em alguns casos dois ou três são adicionados.

Que objetivo tem o lançamento de um anuário contendo inúmeros santos? Inicialmente, vê-se o ideal cristão: “observemos os santos, mas não fiquemos apenas na contemplação deles; procuremos, isto sim, contemplar com eles Aquele que preencheu suas vidas”, afirma o padre Charles Foucauld. “Passar um ano em companhia dos santos que tiveram virtudes e podem nos abençoar com seu exemplo parece interessante, mas outras coisas estão envolvidas!”, conclui.

Superstição e lenda

Nem todos os santos venerados são realmente considerados históricos por teólogos católicos. Um exemplo típico é o Santo Expedito, que aparece em primeiro lugar nos postes e muros da cidade, bem como galardoado com faixas. Contudo, tem sua história questionada por teólogos católicos. Conta-se que ele era comandante de uma legião de soldados romanos e foi sacrificado em 19 de abril de 303, por ordem do imperador Diocleciano, ao lado dos companheiros Caio, Gálatas, Hermógenes, Aristonico e Rufo. Isso porque teria aderido à fé cristã. Segundo a tradição, no momento de sua conversão apareceu um corvo que lhe disse crás (amanhã, em latim). Imediatamente, o soldado esmagou o corvo com o pé e gritou hodie (hoje), razão pela qual se tornou aquele a quem se recorre quando não se pode deixar nada para amanhã. O mesmo padre comentado acima afirmou: “a mensagem dele esmagando o corvo não me parece muito cristã. E, para mim, ele é lendário, não existiu de fato... mas se você disser que ele não existiu, o pessoal que o procura pode ficar bravo”. Santo Expedito, para o desconforto de seus fiéis, não aparece no anuário da editora Paulus.

Currículo milagroso

É muito comum os santos “engrossarem” seus currículos com milagres. Primeiro um milagre corriqueiro, comum, como um analgésico para dor de cabeça. Depois, o próprio tumor na cabeça é curado. O tempo parece ser fundamento para o exercício dos ‘milagres’ por parte dos santos. Além disso, os santos têm-se especializado em milagres específicos. É necessário ‘descobrir’ o seu santo.

Contam que o bondoso São Cristóvão atravessava um rio carregando pessoas nas costas. E, não por acaso, ele é considerado padroeiro dos motoristas. Mais recentemente, São Camilo de Lellis dedicava a vida aos doentes, tornando-se, assim, o protetor dos enfermeiros. Esses são alguns dos casos mais conhecidos. O catolicismo contém santos para quase todas as profissões. Uma lista elaborada pelo Vicariato da Comunicação da Arquidiocese de São Paulo os relaciona com vários ofícios, incluindo até santos não mais reconhecidos pelo catolicismo, como São Jorge, por exemplo.

Embora considerado apócrifo pelo Decreto Gelasiano do século 6, a influência que exerce sobre seus admiradores, porém, não foi apagada. Conforme reza a lenda, difundida na Idade Média, São Jorge é aquele cavaleiro que luta contra o dragão. Tal lenda diz que um horrível dragão saía de vez em quando das profundezas de um lago e se atirava contra os muros da cidade, espalhando morte com o seu mortífero hálito. Para afastar tamanho flagelo, as pessoas ofereciam ao “monstro” jovens vítimas, escolhidas por sorteio. Um dia coube à filha do rei ser oferecida para servir de alimento ao dragão. O monarca, que nada pôde fazer para evitar esse horrível destino de sua tenra filhinha, acompanhou-a com lágrimas até as margens do lago. A princesa parecia irremediavelmente destinada a um fim atroz quando, de repente, apareceu um corajoso cavaleiro vindo da Capadócia. Era São Jorge.

O valente guerreiro desembainhou a espada e, em pouco tempo, reduziu o terrível dragão num manso cordeirinho, que a jovem princesa levou preso numa corrente até dentro dos muros da cidade diante da admiração de todos os habitantes que antes se fechavam em casa, cheios de pavor. O misterioso cavaleiro lhes assegurou, gritando-lhes que tinha vindo, em nome de Cristo, para vencer o dragão. Eles deviam, então, converter-se e ser batizados.

Por conta dessa lenda, quadros e mais quadros foram pintados com São Jorge vencendo o dragão. E podemos encontrá-los nas casas de alguns fiéis. E não só isso. Há muito tempo ouvimos falar da figura de São Jorge e o dragão estampada na lua. São histórias cheias de drama e martírio, que vão desde os tempos em que São Gabriel Arcanjo anunciou a gravidez de Maria – o que o tornou padroeiro dos carteiros! – até a segunda guerra mundial, quando São Maximiliano Kolbe, protetor dos presos políticos, se ofereceu para morrer no lugar de um condenado em um campo de concentração nazista.

Creio que você já entendeu, querido leitor, o processo que habilita o santo a ser um protetor especialista em determinado ramo ou ofício. Basta-lhe apenas comparar como foi a vida do tal santo, ou o que lhe aconteceu, segundo a tradição, e, baseado no padrão trágico de seus supostos martírios aplicar o que lhe seja mais conveniente.

Devoção grandiosa

A devoção à Nossa Senhora Aparecida é expressa em números grandiosos. As ‘igrejas’ consagradas a essa santa ultrapassam radicalmente às dedicadas a Jesus Cristo. Considerado o maior santuário do mundo, a Basílica Nacional de Aparecida, no Vale do Paraíba, é visitada anualmente por cerca de oito milhões de romeiros (um número sempre crescente), vindos de todos os Estados. Por ano, são distribuídas cerca de três milhões de comunhões, ouvidas cerca de 260 mil confissões e realizados quase quatro mil batizados. Tudo sob as bênçãos da padroeira do Brasil, cuja imagem, com 35 centímetros de altura, repousa num altar a três metros do solo, protegido por vidros à prova de bala e um sistema de segurança eletrônico – providenciados depois que, em 16 de maio de 1978, a estátua foi atirada ao chão por um doente mental e reduzida a 200 pedaços, aproximadamente.

Os fiéis recorrem a essa santinha de 35 centímetros em busca de milagres e soluções. A história dessa devoção começou com os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves, em outubro de 1717. Encarregados de suprir a mesa do Conde de Assumar, de passagem pela então vila de Guaratinguetá, eles jogaram a rede no rio Paraíba, próximo ao porto de Itaguaçu, e trouxeram à superfície o corpo da pequena imagem – apanhando a cabeça da estátua na segunda tentativa. Até então, os peixes andavam raros, mas, a partir daquele momento, houve, para espanto dos três homens, uma repentina abundância. Foi, segundo a tradição, o primeiro milagre operado pela Aparecida.

Por alguns anos, a santinha ficou na casa de Pedroso.

Mas logo a sua casa tornou-se pequena para abrigar o grande número de devotos. Esse foi motivo da construção, em 1734, da primeira capela da santa. Cento e quarenta anos mais tarde, foram iniciadas as obras da Basílica Velha, que ficou em segundo plano, após a inauguração, em 1954, da Nova, ainda não concluída. Percorrer o interior desse templo corresponde a um mergulho na alma da maior parcela da população brasileira – seja na Capela das Velas, onde são queimados mais de 20 mil quilos de cera por mês, seja na Sala das Promessas, no subsolo da catedral, que exibe milhares de ex-votos.

A importância de Maria no culto popular tem alcançado refrões que distorcem o que a Bíblia ensina sobre a soberania de Deus. Um exemplo muito conhecido é: “Tudo o que você pede à mãe, o filho faz”. A grandiosa devoção à Aparecida não é questionada pelos mentores católicos, antes parece que a ponderação do clero católico tem sido a mesma do padre mencionado no início deste artigo: “mas se você disser que ele não existiu, o pessoal que o procura pode ficar bravo”.

Os argumentos bíblicos

Encontramos nas Escrituras apoio à veneração de santos? Se fosse apropriada, teríamos no livro de Hebreus, principalmente no capítulo 11, uma grande oportunidade para o escritor sagrado incentivar essa prática. Mas não é isso que acontece. Não encontramos nenhum vestígio de proteção mística a certas profissões ou classes sociais. A superstição e o misticismo são contestados pelas Escrituras, como, por exemplo, fazer preces aos mortos ou prestar-lhes culto: “Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso, não consultará o povo ao seu Deus? A favor dos vivos se consultarão os mortos?” (Is 8.19).

Outro aspecto da veneração aos santos está relacionado à intercessão e à divindade. As Escrituras são bem claras ao dizer que há somente um Deus, e somente Deus atua sobre sua criação. Toda criatura está sujeita e é dependente de Deus. Somente um homem pôde ocupar o lugar de intercessor, devido à sua divindade: Jesus Cristo. Lemos em Romano 8.34: “Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós”. E mais ninguém!

Galeria dos santos

São Bartolomeu (24 de agosto) – um dos 12 apóstolos, nascido na Galiléia, sofreu um suplício por divulgar o evangelho na Armênia, onde despertou a ira dos sacerdotes locais por conseguir várias conversões. Os sacerdotes então fizeram a cabeça do rei Polímio para que São Bartolomeu fosse torturado de maneira bárbara: teve toda a sua pele arrancada, ficando em carne viva, antes de ser decapitado – santo protetor dos açougueiros.

Santo Ivo. Nasceu na Bretanha, em 1253. Estudou filosofia, teologia, direito civil e canônico. Ordenado sacerdote em seguida, era chamado advogado dos pobres, pois sempre os defendia nos julgamentos. Sem se importar com a perseguição dos poderosos, ia aos castelos buscar os pertences do povo, confiscados a título de impostos não pagos. É o santo protetor dos advogados.

São Dimas. É chamado de bom ladrão. Conta a lenda que ele conheceu a família de Jesus, dando abrigo ao menino Jesus. Converteu-se após a crucificação e pediu perdão pelo seu passado pouco antes da morte. É o protetor dos agentes funerários.

São Bernardo. Era natural de Piemonte, Itália, no século 18, e cuidava dos viajantes e peregrinos que precisavam atravessar as montanhas dos Alpes. Os cães são bernardos levam carinhosamente o seu nome. É considerado protetor dos alpinistas.

São Tomé. Ficou conhecido no imaginário popular como aquele que precisa ver para crer. Santo protetor dos arquitetos, não basta projetar, é preciso realizar.

São Lourenço. Tinha função importante como assistente do papa, cuidando de toda parte burocrática e listando todos os pertences. Interrogado sobre os bens da Igreja, pediu prazo e, em seguida, apresentou o nome dos doentes, dos velhos e das crianças a quem ajudava. É o santo protetor dos arquivistas.

Santa Clara de Assis. Fundou uma ordem conhecida como Clarissas. Uma vez perguntaram-lhe se era melhor a vida contemplativa ou a pregação, e ela respondeu: “Cristo revelou que sua vontade é que caminhes pelo mundo a pregar”. É a protetora dos artistas de televisão, pois entendia o valor da comunicação.

Nossa Senhora de Loreto. Diz a história que o santuário de Loreto guarda a casa em que morou Nossa Senhora, em Nazaré. A lenda afirma, ainda, que, em 1291, durante as Cruzadas, a casa foi transportada para lá por anjos. Na verdade, a família De Angelis salvou a casa da destruição e a transportou para Loreto. É a santa protetora dos aviadores.

Santa Bárbara. Era uma jovem belíssima e seu pai Dióscoro a encarcerou numa torre, com ciúmes dos seus pretendentes. Um dia ela fugiu, mas acabou presa. Morta pelo próprio pai, que em seguida foi fulminado por um raio, é a santa protetora dos bombeiros.

São Brás. Útil, segundo a lenda, para duas áreas. Resolve problemas com a garganta e engasgos. Quem não conhece a atitude de tapinha nas costas seguido da famosa frase: “são Brás, pra frente e pra trás!”? Em seu martírio, teve os cabelos cortados e o couro cabeludo espetado por pentes de ferro. É o santo protetor dos cabeleireiros.

São Gabriel Arcanjo. Independentemente da notícia que o carteiro carregue, ele é supostamente protegido pelo anjo Gabriel, pois este anunciou a Maria o nascimento de Jesus, portanto foi portador de boa notícia. É o santo protetor dos carteiros.

São João Bosco. Sua intensa preocupação com novas formas de conhecimento o identificou com a sétima arte. Ordenado padre aos 26 anos, fundou escolas, revistas e editoras, além de oratórios festivos que reuniam filhos de operários. É o santo protetor dos cineastas.

São Martinho de Tours. Húngaro, seu pai era oficial do exército romano e o obrigou a alistar-se. Um dia, porém, ao ver um mendigo tremendo de frio, cortou sua manta ao meio e ofereceu a metade para ele. À noite, sonhou com Jesus, que disse: “Martinho, ainda não batizado me ofereceu esse vestuário”. No dia seguinte, ele se converteu. É o protetor dos comissários de bordo.

São Vito. Mártir siciliano do segundo século, é invocado durante uma doença nervosa chamada dança de São Vito. Sua vida foi bem aventureira, sofrendo perseguições por conta de sua fé. Em Roma, foi condenado a ser jogado às feras no Coliseu. É o santo protetor dos dançarinos.

Santa Apolônia. Viveu no século três. Preferiu ser queimada viva a renunciar a fé. Teve todos os dentes arrancados por seus algozes, mas morreu pedindo perdão para aqueles que a torturavam.

São Francisco. Nasceu em Assis, Itália, em 1182. Aos 24 anos abandonou tudo e passou a andar errante e maltrapilho em protesto contra a sociedade burguesa. Seu testemunho de fé também incluía o amor à natureza e aos animais, acolhendo qualquer bicho e chamando o sol e a lua de irmãos. É o protetor dos ecologistas.

Santo Agostinho. Africano da Tunísia, nascido em 354. Escreveu muitas obras de cunho filosófico. Teve uma ativa vida aflitiva – usou a si mesmo como ilustração das dificuldades humanas. Considerado doutor, é protetor dos editores.

Santa Zita. Todas às sextas-feiras, dava esmolas na cidade, dividindo o pouco que possuía. Numa dessas ocasiões, viu que o avental que vestia se transformou em flores. É protetora das empregadas domésticas.

São João Evangelista. Um dos 12 apóstolos, era um dos mais chegados a Jesus Cristo e testemunhou vários milagres. Escreveu o quarto evangelho, as epístolas de João e o Apocalipse. É o protetor dos escritores.

Santo Isidoro. Muito culto, era dicionarista, escritor considerado à frente de seu tempo. É o santo protetor dos internautas.

Santa Luzia. Diz a lenda que preferiu arrancar os olhos e oferecê-los numa bandeja ao seu torturador a renunciar a fé. É a santa protetora dos oculistas.

São Raimundo Nonato. Foi chamado de nonato (não nascido) por ter sido retirado das entranhas de sua mãe já morta. É o santo protetor das parteiras.
Fonte: Revista Defesa da Fé - Autor: Márcio Souza

Evangélicos: convencidos!

Verdade absoluta: Yaohu [Pai] não é ‘exclusividade’ de alguns poucos santinhos religiosos, Yaohu amou o mundo de tal maneira, que deu Seu Filho Unigênito, que sofreu e morreu por ‘todos’ na cruz do Calvário levando sobre Si nossas transgressões e não para meia dúzia.

Pois bem, entende-se que aqueles que com a boca confessam ao Messias Yaohushua [Pai da Salvação], e em seus corações creem que Yaohu [Pai] O ressuscitou dentre os mortos, serão salvos. Necessitamos, portanto, nos aprimorar em nossas posturas diante a sociedade como um todo, e trazer o engrandecimento do Reino de Yaohu sobre a face da terra, sendo sal e luz.

Muitos se passam por religiosos e por suas expressões querem demonstrar que acreditam no Criador Yaohu, fazem-se evangélicos, o que comumente querem mostrar que vivem o evangelho (notou, evangelho, evangélico, parecem ser a mesma coisa, mas não é).

A maioria dos evangélicos se mostra ao kosmos (mundo organizado) através de um linguajar, com expressões e jargões religiosos, tirados do contexto bíblico, porém usados de forma descontextualizada, que em nada ajuda aos menos entendidos e não traz edificação alguma; muitos fazem uso deste linguajar para ser aceito e fazer parte deste grupo religioso que diz ser o cristianismo.

Contrários ao ensinamento da Palavra do Pai (contida na Bíblia), a maioria dos evangélicos vivem dos ensinamentos da igreja instituição (os tais lugares que colocam uma placa de “igreja”):

- Dizem ser salvos ainda nesta vida;
Não obstante, a salvação, inclusiva no evangelho, reúne em si todos os atos e processos da redenção, tais como, justificação, redenção, graça, propiciação, perdão, santificação e por conseguinte, glorificação, porquanto, a salvação somente cumprir-se-á tão somente na glória, em Cristo; Filipenses 1.6.

- Amarram ao diabo;
Contudo, o diabo será amarrado por Yaohu [Pai], e num futuro próximo, ainda não foi; Apocalipse 20.1-6.

- Tudo que seus lideres dizem é impactante;
Vivem conforme a igreja de Tiatira, pois, são prevalecentes na tendência de tolerar o pecado, a iniquidade, e o ensino antibíblico entre seus líderes, compactuando com seus erros, afirmando que eles são “ungidos” (patético); Apocalipse 2.

- Dizem tomar posse de bênçãos da Antiga Aliança;
As bênçãos que são testificadas pelo Antigo Testamento faziam referência tão somente a nação de Israel, a nação eleita; a ninguém mais.

- Tudo podem nAquele que fortalece, em geral assim afirmam para os ganhos e prosperidade material;
Em contrapartida, a Palavra (contida na Bíblia) testifica que os crentes são fortalecidos pelo Criador Yaohu em estar abatidos, e também em abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas serem instruídos, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade; Filipenses 4.10-23.

- Querem misericórdia para tudo, de uma simples conversa a um problema de trânsito;
Erroneamente é suplicar por Yaohu que tenha misericórdia a qualquer coisa, por que a misericórdia é compaixão, amor e graça do Pai para com o ser humano, manifestos no perdão, na proteção, no auxílio, e já nos foi derramada pela morte de Cristo na cruz; 2º Pedro 3.9.

- Entregam dinheiro nas mãos de lideres religiosos e se dizem fiéis a "Deus";
Esta questão é cansativa de se expor, porém, é um dos maiores dogmas, ensino maligno, que as lideranças religiosas embutem nas mentes incautas e inconstantes (insanos mesmo) em se dar dinheiro e não querem saber para o fim que se fizer, mas, Yaohu adverte que não devemos confiar no “homem”; Jeremias 17.5. 

- Querem bênçãos materiais para esta vida;
Porém, a morte de Cristo na cruz do Calvário nos foi para trazer salvação, e Ele somente nos fez uma promessa, a vida eterna; 1João 2.25; e se esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens; 1Coríntios 15.19.

- Exaltam-se por irem num lugar com placa de “igreja”;
Isto é um erro enigmático e maligno, pois que, exalta-se é em Yaohu e não lugares; Isaías 25.1. 

- Chamam os lugares que se reúnem (“igrejas de tijolos”) de sagrados;
E somente o Yaohu é santo; Isaías 25.1.

- Chamam a todos de “irmão”, “amado” ou “querido”, de forma hipócrita;
Recebe-se como irmãos, aqueles que professam uma mesma fé em Cristo para salvação de almas, e não os que são seguidores de religiões (católica, evangélica, espírita, “cristianismo”, blá. blá, blá); Hebreus 2.10-18.

- Se dizem já ser vencedores em Cristo (nas coisas materiais, no enriquecimento);
Todavia, ser mais que vencedor por Aquele que nos amou, é na tribulação, ou é na angústia, ou é na perseguição, ou é na fome, ou é na nudez, ou é no perigo, ou é na espada; Romanos 8.31-39.

- Como o fariseu em Lucas 18.11,12, se exaltam por serem ofertantes, dizimistas na igreja instituição (“igrejas de tijolos”);
Neste sentido, Yaohu tem desprezado aos que se auto exaltam, mas, justifica os que se humilham; Lucas 18.4.


Biblicamente, o contexto da Palavra (contida na Bíblia) testifica e visto como na sabedoria de Yaohu o mundo não conheceu ao Pai pela Sua sabedoria, aprouve a Yaohu salvar os crentes pela loucura da pregação [1Coríntios 1]; e para isto, assim os crentes: 
  • se apresentam a Cristo, vivendo como servos inúteis [Lucas 17.10];
  • como Paulo, se acham miseráveis [Romanos 7.24];
  • buscam ao Criador mostrando ser pecadores e rogam pela misericórdia divina [Lucas 18.13];
  • se contentam com o que possuem [1Timóteo 6.8].
Mais prudente, é entendermos a postura dos crentes e os das religiões (neste texto, o cristianismo pelos evangélicos), quando nosso Salvador nos faz referência do reino dos céus, em Mateus 25, onde será semelhante a dez virgens, e cinco delas eram prudentes, e cinco loucas.

As loucas, tomando as suas lâmpadas, não levaram azeite consigo; é como a maioria dos evangélicos que se dedicam na religião no intuito de resolverem problemas desta vida terrena... Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas; como os crentes que se apresentam a Yaohu seguindo a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá Yaohu. [Hebreus 12].
Fonte: desigrejados,  

sábado, julho 28, 2012

As Seis Cosmovisões Dominantes no Mundo

Autor: Dr. David Noebel
Forcing Change, Volume 4, Edição 2.

No início dos anos 1990s, o Dr. James Dobson e Gary Bauer procuraram identificar aquilo que viam acontecer com os jovens cristãos. A conclusão deles foi que:

"... nada menos que uma grande guerra civil de valores está ocorrendo hoje na América do Norte. Dois lados com cosmovisões tremendamente diferentes e incompatíveis estão travados em um conflito amargo que permeia cada nível da sociedade."

A guerra, conforme Dobson e Bauer a descreveram, é uma luta "pelos corações e mentes das pessoas; é uma guerra de ideias."

De um lado está a cosmovisão cristã, a base da civilização ocidental. Do outro lado estão cinco cosmovisões: o Islamismo, o Humanismo Secular, o Marxismo, o Humanismo Cósmico e o Pós-Modernismo. Embora essas cinco cosmovisões não concordem em cada detalhe, elas unanimemente concordam em um ponto: sua oposição ao cristianismo bíblico.

Como em qualquer guerra, existem baixas e as ideias anticristãs estão fazendo suas vítimas. Pesquisas recentes indicam que até 59% dos universitários que se declaram cristãos "nascidos de novo" mudam de categoria por volta do último ano de seus cursos. De acordo com uma pesquisa realizada pelo instituto de pesquisas de George Barna, nove de cada dez adultos que se declaram "cristãos" não têm uma cosmovisão bíblica. Para efetivamente se envolverem nessa batalha ideológica, os cristãos precisam ter uma compreensão dos tempos e "saber aquilo que precisam fazer" (1 Crônicas 12:32).


O Que É uma Cosmovisão?

Todos baseiam suas decisões e ações em uma cosmovisão. Podemos não ser capazes de articular nossa cosmovisão e ela também pode ser inconsistente, porém todos nós temos uma cosmovisão. Portanto, a pergunta é: o que é uma cosmovisão?

Uma cosmovisão é uma "estrutura interpretativa", uma espécie de par de lentes por meio das quais vemos todas as coisas. A cosmovisão se refere a qualquer conjunto de ideias, crenças ou valores que forneçam uma estrutura ou mapa para ajudar você a compreender O Criador, o mundo, e seu relacionamento com O Pai Celestial e com o mundo. Especificamente, uma cosmovisão contém uma determinada perspectiva relacionada com pelo menos cada uma das seguintes dez disciplinas: Teologia, Filosofia, Ética, Biologia, Psicologia, Sociologia, Direito, Política, Economia e História.

Este artigo resume as seis cosmovisões que atualmente exercem mais influência no mundo. Existem outras cosmovisões, mas elas são menos importantes em termos de influência. Por exemplo, o Confucionismo, o Budismo, o Taoísmo, o Hinduísmo e o Xintoísmo podem influenciar profundamente alguns países orientais, mas dificilmente afetam todo o mundo. As principais ideias e sistemas de crenças que controlam o mundo e, especialmente o Ocidente, estão contidos nas seguintes seis cosmovisões:


A Cosmovisão Cristã

Muitas pessoas, incluindo muitos cristãos, não percebem que a Bíblia trata todas as dez disciplinas de uma cosmovisão. O Cristianismo é a incorporação da afirmação de Yaohushua de que Ele é "o caminho, a verdade e a vida" (João 14:6). Quando dizemos: "Este é o caminho cristão", queremos dizer que este é o modo como Cristo nos faria tratar a vida e o mundo. Não é uma questão de pouca importância pensar e agir como Cristo nos instruiu.

Os EUA são descritos como um país cristão. Entretanto, os EUA — juntos com toda a civilização do mundo ocidental — se afastaram de sua herança intelectual, cultural e religiosa. Cerca de trinta anos atrás, o filósofo cristão Francis Schaeffer observou a tendência do país em direção ao secularismo como uma falha dos cristãos "em verem que tudo isto [a ruptura cultural e social] ocorreu devido a uma mudança na cosmovisão, isto é, por meio de uma transformação fundamental no modo geral como as pessoas pensam e veem o mundo e a vida como um todo."

O estudo das cosmovisões em geral e da cosmovisão cristã, em particular, é um chamado ao despertamento para todos. Uma nação que esteja procurando promover os direitos humanos (incluindo o direito de nascer), a liberdade e o bem comum precisa aderir à única cosmovisão que pode explicar nossa existência e dignidade. Afirmamos que a dignidade humana advém do fato de termos sido criados à imagem de Yaohu [Pai], uma perspectiva singularmente bíblica. O abandono dessa perspectiva traz sérias consequências; basta observar o crescimento no número de abortos, nas práticas homossexuais, na eutanásia, no casamento entre pessoas do mesmo sexo, a pesquisa com células-tronco embrionárias e a tendência em direção à clonagem humana.


A Cosmovisão Islâmica

O número de muçulmanos é estimado em 1,3 bilhões de seguidores. Nos anos recentes, a cosmovisão islâmica cresceu exponencialmente em número, poder e influência e, portanto, merece ser incluída em nosso estudo. Um artigo publicado teve o seguinte título: "O Futuro Pertence ao Islã", o que fornece um incentivo adicional para que compreendamos suas crenças e objetivos.

Escrevendo em The Sword of the Prophet (A Espada do Profeta), o comentarista e consultor em política internacional Serge Trifkovic explicou que "o Islã não é uma 'mera' religião; é todo um modo de vida e um sistema social, político e jurídico que envolve tudo e que gera uma cosmovisão peculiar para si mesmo".

O Cristianismo e o Islã têm alguns ensinos em comum, incluindo a fé em um Criador pessoal, a criando o universo material, anjos, imortalidade da alma, céu, inferno e julgamento dos pecados. Da mesma forma, os muçulmanos aceitam Yaohosua como um profeta (um entre muitos), Seu nascimento virginal, Sua ascensão física, Sua segunda vinda, Seus milagres e Seu papel como Messias.

As grandes diferenças entre o Cristianismo e o Islã são: a rejeição do Islã do Yaohu [Pai] bíblico triúno e da morte vicária de Yaohushua [Pai da Salvação] pelos pecados do mundo. Os muçulmanos também rejeitam a ressurreição física de Cristo dos mortos e Sua reivindicação de ser o Filho de Yaohu.

Outra grande diferença entre o fundador do Cristianismo e o fundador do Islã é que a Bíblia descreve Cristo como alguém que teve uma vida imaculada, enquanto que as tradições do Islã retratam Maomé com muitas falhas e imperfeições.

"A prática e constante encorajamento de Maomé para o derramamento de sangue", escreve Trifkovic, "são singulares na história das religiões. Assassinatos, pilhagens, estupros e mais assassinatos estão no Alcorão e nas tradições."

Além disso, a vida de Maomé "parece ter impressionado seus seguidores com uma crença profunda no valor do derramamento de sangue como um modo de abrir as portas do Paraíso". Assim, desde o ano 622 até o presente, a história do Islã tem sido de violência, submissão e guerra contra os infiéis (qualquer um que não seja muçulmano).

Para muitos muçulmanos, um dos legados mais importantes é ver o mundo como um conflito entre a Terra da Paz (Dar al-Islam) e a Terra da Guerra (Dar al-Harb). Por outro lado, existem muitos muçulmanos, particularmente aqueles que vivem em países ocidentais democráticos, que não creem nas passagens violentas do Alcorão sobre matar os infiéis e que a história violenta do Islã deva ser aplicada literalmente hoje. Todavia, em ambos os casos, o Islã é uma cosmovisão contra a qual os cristãos precisam contender.


A Cosmovisão Humanista Secular

O Humanismo Secular (também chamado de Humanismo Laico, ou Humanismo Secularizado) refere-se principalmente às ideias e crenças delineadas nos Manifestos Humanistas de 1933, 1973 e 2000. O Humanismo Secular é a cosmovisão dominante na maioria de faculdades e universidades em todos os países ocidentais. Ele também fez avanços em muitas escolas e universidades cristãs, especialmente nas áreas de Biologia, Sociologia, Direito, Ciência Política e História.

Os humanistas seculares reconhecem a sala de aula como uma poderosa incubadora para doutrinar os alunos em sua cosmovisão. Operando sob a palavra da moda "liberalismo", uma agenda Humanista Secular controla o currículo nas escolas do sistema público de ensino dos EUA graças à Associação Nacional da Educação, à Academia Nacional de Ciências e diversas fundações, incluindo a Fundação Ford.

Os cristãos que estão considerando uma educação de nível superior precisam estar bem instruídos a respeito da cosmovisão Humanista Secular, ou correm o risco de perderem sua própria perspectiva cristã quase que automaticamente. Em seu livro Walking Away From the Faith, a autora e professora de seminário Ruth Tucker deixa claro que os estudantes cristãos estão se afastando da fé por causa do ensino Humanista Secular.

As ideias do Humanismo ganharam influência proeminente em toda a sociedade moderna. B. F. Skinner, Abraham Maslow, Carl Rogers, and Erich Fromm, todos os quais receberam o título "Humanista do Ano" afetaram poderosamente a disciplina da Psicologia. Cientistas como o falecido astrônomo Carl Sagan, outro "Humanista do Ano", pregaram seu humanismo com grande publicidade na televisão e em livros adotados no currículo escolar. Mais recentemente, o combativo ateísta e biólogo da Universidade de Oxford Richard Dawkins recebeu muita atenção com seus livros sobre a evolução e, é claro, com seu livro de grande sucesso de vendas Deus, um Delírio, publicado em 2006. Claramente, os humanistas estão dispostos a apoiarem sua cosmovisão — frequentemente com mais fervor e dedicação que os cristãos fazem por sua fé. Por estas e por outras razões, precisamos prestar muita atenção à cosmovisão do Humanismo Secular.


A Cosmovisão Marxista

O Marxismo é uma cosmovisão militantemente ateísta e materialista. Ele desenvolveu uma perspectiva com relação a cada uma das dez disciplinas, normalmente em grande detalhe. Baseado nos escritos de Karl Marx (fim dos anos 1800s), o Marxismo assumiu novas aparências nos anos recentes, incluindo a degradação da cultura como uma forma de atividade revolucionária. O mais recente Manifesto Comunista, intitulado Empire (Império) foi publicado no ano 2000 pela editora da Universidade de Harvard. A presença de Marx continua a ser sentida em todo o mundo.

O Marxismo predomina em muitos campi universitários. Recrutados nos anos 1950s e 1960s como alunos de faculdade, muitos "radicais" marxistas receberam diplomas de pós-gradução e hoje integram o corpo docente de muitas universidades.


"Com algumas poucas e notáveis exceções", diz o ex-professor da Universidade Yale Roger Kimball, "nossas universidades e as faculdades de artes liberais instalaram todo o menu radical no centro de seus currículos de Ciências Humanas tanto no nível de graduação como de pós-graduação." O U.S. News and World Report publicou uma extensa matéria em 2003 intitulada "Where Marxism Lives Today" (Onde o Marxismo Vive Hoje), que diz o seguinte: "O Marxismo está tão entrincheirado em cursos que vão de Literatura a Antropologia... que hoje os estudantes estão virtualmente imersos nas ideias de Marx."

O "menu radical" mencionado por Kimball inclui uma grande porção de determinismo econômico. De acordo com Karl Marx, o problema fundamental com o capitalismo é que ele gera a exploração. Portanto, o capitalismo precisa ser substituído por um sistema econômico mais humano, um sistema que elimine o livre mercado (a propriedade privada e a troca livre e pacífica de bens e serviços) e o substitua por uma economia controlada pelo governo. As ideias econômicas de Marx e a definição de políticas públicas caminham de mãos dadas. O comunismo no estilo de Marx controla um grande número de países em todo o mundo e, disfarçada com o nome de "Social Democracia", uma filosofia política de inspiração marxista engolfou os países da Europa Ocidental. Além disso, nos anos recentes, muitos países sul-americanos se voltaram para o marxismo e muitos acreditam que a atual administração do presidente Obama e o atual Congresso dos EUA estão levando rapidamente o país para o mesmo caminho socialista.

Ademais, alguns grupos cristãos tentaram combinar sua forma de cristianismo com as ideias de Marx sobre a igualdade social. Devido à prevalência e à natureza subversiva do Marxismo, os cristãos precisam se acautelar dos objetivos dos professores, políticos e teólogos de pensamento marxista.


A Cosmovisão Humanista Cósmica

A cosmovisão Humanista Cósmica consiste de dois movimentos espirituais inter-relacionados. Um é conhecido como Movimento de Nova Era e o outro é o neopaganismo, que inclui práticas ocultistas, xamanismo indígena e Wicca.

O Movimento de Nova Era mistura antigas religiões orientais (especialmente o Hinduísmo e o Zen-Budismo) com um toque de outras tradições religiosas, adiciona uma dose de jargão científico e traz o bolo recém-saído do forno para a sociedade consumir. "A Nova Era", explica a pesquisadora cristã Johanna Michaelsen, "é a religião eclética máxima do eu: tudo o que você decidir que é certo para você é correto, desde que você não fique com a mentalidade estreita e exclusivista sobre aquilo."

Entretanto, a suposição que a verdade reside dentro de cada indivíduo torna-se a pedra fundamental para a cosmovisão. Dar a alguém o poder de discernir toda a verdade é uma faceta da teologia e essa teologia tem ramificações que muitos membros do movimento de Nova Era também descobriram. Marilyn Ferguson, autora de A Conspiração Aquariana (um livro considerado como "o clássico divisor de águas da Nova Era"), diz que o movimento introduz "uma nova mente — o aparecimento de uma cosmovisão surpreendente".

Essa cosmovisão foi resumida da seguinte forma por Jonathan Adolph: "Em seu sentido mais amplo, o pensamento de Nova Era pode ser caracterizado como uma forma de utopismo, o desejo de criar uma sociedade melhor, uma 'Nova Era' em que a humanidade viva em harmonia consigo mesma, com a natureza e com o cosmos."

Embora os aderentes da Nova Era não façam sérias distinções entre as religiões, considerando que todas são no fim a mesma coisa, John P. Newport explica que: "... geralmente, os neopagãos acreditam que estão praticando uma antiga religião popular, seja como uma forma sobrevivente ou restaurada. Assim, estando focados nas religiões pagãs do passado, eles não estão particularmente interessados em uma Nova Era do futuro."

Por meio de livros de grande sucesso de vendas, de programas na televisão e de filmes no cinema, a cosmovisão Humanista Cósmica está ganhando convertidos no Ocidente e em todo o mundo. Malachi Martin lista dezenas de organizações que são de Nova Era ou simpatizantes da visão Humanista Cósmica. Claramente, o Humanismo Cósmico, um transplante do Oriente, é uma presença crescente em todo o hemisfério ocidental.


A Cosmovisão Pós-Moderna

Forçados a encararem a desumanidade, a destruição e todos os horrores produzidos pelo Terceiro Reich e pelos Gulags soviéticos durante a primeira metade do século 20, grupos substanciais de humanistas iluministas e neo-marxistas abandonaram suas cosmovisões para criarem uma cosmovisão que eles acreditavam seria mais apropriada para a realidade, resultando na virada para o Pós-Moderno. Por volta de 1980, professores pós-modernos estavam entrando significativamente nos Departamentos de Ciências Humanas e Ciências Sociais das universidades de todo o mundo.

O filósofo cristão J. P. Moreland observa que o Pós-Modernismo se refere a uma abordagem filosófica principalmente na área da Epistemologia, ou aquilo que conta como conhecimento ou verdade. Falando em termos bem amplos, Moreland diz: "O Pós-Modernismo representa uma forma de relativismo cultural sobre coisas como a verdade, a realidade, a razão, os valores, o significado linguístico, o 'eu' e outras noções."

Embora existam diversas formas de Pós-Modernismo, três valores são unificadores: (1) um comprometimento com o relativismo; (2) uma oposição às meta-narrativas, ou explicações totalizadoras da realidade que são verdadeiras para todas as pessoas em todas as culturas; (3) a ideia de realidades culturalmente criadas. Cada um desses comprometimentos tem o propósito de negar que exista uma cosmovisão ou um sistema de crenças que possa ser considerado como Verdade absoluta.

O instrumento metodológico mais eficaz do Pós-Modernismo, que é usado extensivamente nos Departamentos de Letras modernos, é conhecido como Desconstrução, que significa (1) que as palavras não representam a realidade e (2) que os conceitos expressos em sentenças em qualquer idioma são arbitrários.

Alguns pós-modernistas chegam ao ponto de desconstruírem a própria humanidade. Assim, junto com a morte de 'Deus', da verdade e da razão, a humanidade também é obliterada. Paul Kugler observa a inversão irônica: "Hoje, é o sujeito que declarou que 'Deus estava morto' cem anos atrás que agora está tendo sua própria existência colocada em questão."

Para complicar as coisas ainda mais, precisamos reconhecer que existe também uma variedade chamada de "Pós-Modernismo Cristão". Tal é a essência do Pós-Modernismo dominante — uma cosmovisão que afirma que não existem cosmovisões. Essa cosmovisão "anticosmovisão" certamente requer a atenção dos cristãos atentos.


Conclusão

Não podemos negligenciar essas cinco cosmovisões anticristãs. A base para muito daquilo que é ensinado nas salas de aula nas escolas públicas hoje vem do pensamento secularizado, marxista, humanista cósmico e pós-moderno e recebe diversos rótulos: Progressismo, Multiculturalismo, Politicamente Correto, Desconstrucionismo, e Educação para a Auto-Estima. Ou, como é frequentemente o caso, os rótulos são deixados de lado e os cursos são ministrados a partir de suposições anticristãs sem que os estudantes sejam informados qual cosmovisão está sendo expressa. A neutralidade na educação é um mito.

O primeiro capítulo do livro de Daniel explica como ele e seus companheiros se prepararam para sobreviverem e florescerem no meio de um choque entre civilizações em seu tempo. Acreditamos que os jovens cristãos equipados com um conhecimento abrangente e uma compreensão da cosmovisão cristã e de suas rivais possam se tornar "Daniéis" que não ficarão nas laterais, mas que entrarão em campo para participarem na grande colisão de cosmovisões no século 21.

A sociedade florescerá somente à luz da verdade e quando a ênfase retornar para uma perspectiva cristã. Essa mudança drástica em ênfase pode ser produzida por meio da liderança de milhares de estudantes cristãos bem-informados e confiantes que pensem de modo amplo e profundo a partir de uma bem-afiada cosmovisão bíblica e se levantem como líderes na educação, nos negócios, na ciência e no governo.

Nosso desejo de produzir essa mudança em ênfase é a razão fundamental por que nosso ministério cristão produz currículos e recursos para as escolas cristãs e para as famílias que oferecem educação no próprio lar para suas crianças (primária, básica e de segundo grau), apresenta treinamento em cosmovisão para professores de todo o país e do mundo e organiza conferências para os estudantes e para os adultos. Maiores informações podem ser obtidas em nossa página na Internet em http://www.Summit.org.

Nota: Este artigo foi extraído do capítulo introdutório do livro Understanding the Times (Compreendendo os Tempos), do Dr. David A. Noebel, (Summit Press, Manitou Springs CO, 2006). Esse livro fornece uma comparação detalhada das seis cosmovisões discutidas neste artigo e pode ser adquirido no site do autor em http://www.summit.org. Porções do texto original foram editadas e reescritas por Chuck Edwards para compor este artigo.

quinta-feira, julho 26, 2012

O que é a Opus Dei?

Imagine sua mente sendo monitorada 24 horas por dia. Você está num lugar onde não é permitido ver televisão ou ir ao cinema. Até o jornal chega editado às suas mãos. Ninguém pode ter amigos do lado de fora e o contato com a família é restrito.

Pelo menos duas horas por dia, você tem de amarrar um cilício na coxa – espécie de instrumento de tortura com pontas metálicas que machucam a pele. Quanto maior for o seu desconforto, melhor: isso significa que a instituição está exercendo mais controle sobre você. Se doer demais, tudo bem, você poderá trocar de coxa na próxima vez. O importante é que a experiência não passe em branco. Tem de machucar, deixar marcas. Caso contrário, não “faz efeito”.

Castidade

Se tudo isso já parece um pesadelo, saiba que ainda não acabou. Uma vez por semana, você terá também de golpear suas nádegas ou suas costas com um chicote. E ainda passará pelo que é chamado de “sinceridade selvagem”: contar aos seus superiores cada pensamento que passa pela sua cabeça, principalmente aqueles segredos mais íntimos, sobre os quais não se comenta nem no banheiro, de porta fechada e luz apagada. Se você não revelar tudo, mas tudinho mesmo, estará mantendo um “segredo com Satanás”.
As situações descritas acima não ocorrem nos porões de uma ditadura ou no ritual de alguma seita satânica, muito pelo contrário. Elas são rotina nas residências do Opus Dei, onde vivem os chamados numerários – membros da organização religiosa que fazem voto de castidade e estão ali por opção, para “santificar” o mundo. A maioria tem profissão e trabalha normalmente, como outra pessoa qualquer. Mas seus salários vão direto para o Opus. Muitos foram recrutados ainda bem jovens.

“O aliciamento acontece na infância ou na juventude, pois é mais fácil doutrinar uma personalidade ainda em formação. Eles começam levando crianças para brincar numa espécie de clube e vão seduzindo aos poucos”, diz um ex-numerário, que só aceitou falar com nossa reportagem mediante o compromisso de não ser identificado. “Eu mesmo convidava colegas de escola para fazer parte do clube. Obedecia ao que o diretor mandava: ‘Não conte que é do Opus. Leve primeiro para conhecer o centro, faça com que a pessoa se envolva’.”

O Opus Dei não é feito só de numerários: há também os supernumerários. Esses podem se casar, ter filhos e viver em suas próprias casas, embora também recorram à penitência física – ou mortificação corporal – como uma forma de controlar instintos pecadores. Uma das funções secretas desses membros, de acordo com os críticos da organização, seria ocupar posições de liderança na sociedade – seja num cargo político, na direção de uma grande empresa, na presidência de um banco, na reitoria de uma universidade ou na chefia de um veículo de comunicação. Do alto desses postos de comando, a capacidade de expansão e o poder de influência do Opus Dei estariam assegurados.


Trabalho

Pode acreditar: numerários e supernumerários estão por toda parte, talvez bem mais perto do que você imagina. Afinal, é justamente essa a proposta do Opus – ser uma legião de homens e mulheres comuns, que se misturam ao mundo real para transformá-lo de dentro para fora. Do motorista de táxi ao ministro de Estado, da dona-de-casa à diretora de uma multinacional, todos devem ser engrenagens e trabalhar silenciosamente pelos objetivos da organização. Como dizia Josemaría Escrivá, fundador do grupo: “Seja santo. Santifique-se em seu trabalho. E santifique os outros com seu trabalho”.

Quem defende a instituição religiosa das acusações de ultraconservadora, totalitária e conspiradora garante que não há nada de errado com suas tradições, muito menos de secreto ou misterioso nas ações de seus integrantes. “Para quem conhece e vivencia o Opus Dei, acima da pirotecnia fica a verdade: ele é uma entidade da Igreja Católica (...) cuja única finalidade é procurar o ideal da vida e de serviço cristão no meio do mundo, mediante a santificação do trabalho profissional, da família e dos deveres cotidianos”, afirma o jurista Ives Gandra Martins, num artigo publicado pelo jornal Folha de S.Paulo em 2005. “O Opus Dei tem como membros e trabalha com pessoas de todas as classes sociais. Ama e defende a liberdade de seus fiéis em todas as questões que a Igreja deixa à livre discussão dos católicos.”


Autonomia

O Opus Dei – expressão em latim que significa “Obra de Deus” – foi fundado pelo sacerdote espanhol Josemaría Escrivá em 1928. Trata-se de uma prelazia pessoal, figura jurídica da Igreja Católica que está prevista no Código de Direito Canônico (a constituição da Igreja). Ela dá aos seus membros o direito de seguir ordens do prelado (o líder máximo do Opus, que fica em Roma), em vez de obedecer à autoridade católica regional. Simplificando grosseiramente, é como se o grupo fosse um braço independente da Igreja, que não deve explicações a mais ninguém além do papa.

Josemaría Escrivá
“A ascensão do Opus Dei à categoria de prelazia pessoal era o grande sonho de seu fundador”, escreve o jornalista espanhol Juan Bedoya em artigo recente no jornal El País. “Homem de grandes ambições, Escrivá queria livrar-se das dependências em relação aos bispos porque sua fundação, então com 70 mil integrantes – a imensa maioria leigos, homens e mulheres, celibatários ou casados –, tinha pouco a ver com os institutos e as congregações tradicionais.”

Os 70 mil seguidores de 25 anos atrás hoje são aproximadamente 87 mil. Na avaliação de Bedoya, esses números demonstram com sobras a situação especial desfrutada pelo Opus Dei dentro da sempre rígida Igreja Romana. “No último meio século, ninguém se destacou tanto quanto a Obra de Escrivá”, afirma o jornalista. “Não se pode dizer a mesma coisa de outras congregações clássicas, como os jesuítas, que hoje são apenas 19 mil no mundo todo.” Ainda assim, e apesar de estar presente em 64 países, o Opus continua sendo fundamentalmente espanhol. Na Espanha estão concentrados mais de 40% de seus membros. Outros 35% estão na América Latina. A organização também tem seus pés muito bem fincados na África e na Ásia. “Agora o objetivo é a conquista dos ex-países comunistas do Leste Europeu.”

Nesses 25 anos de história, o Opus Dei colecionou críticos. Alguns de seus detratores mais radicais chegam a chamá-lo de “máfia santa”. Outros o acusam de ser “uma Igreja dentro da Igreja”, com poderes excepcionais e muito dinheiro sendo colocado a serviço de um conservadorismo atroz. Em parte, essa fama se deve às estreitas relações que a organização cultivou com o regime fascista do ditador espanhol Francisco Franco, de 1939 a 1975. Josemaría Escrivá, o próprio, ouvia as confissões do “generalíssimo”, como Franco era conhecido, e muitos integrantes ou colaboradores do Opus Dei foram nomeados ministros de Estado enquanto durou a ditadura.

A organização chegou ao Brasil na década de 1950. Instalou-se inicialmente em Marília, no interior de São Paulo, e de lá acabou migrando para a capital, onde hoje mantém centros nos bairros do Pacaembu, de Vila Mariana, de Pinheiros e do Itaim, entre outros. Está presente também nas cidades de Campinas (SP), São José dos Campos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Niterói (RJ), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Curitiba (PR), Londrina (PR) e Porto Alegre (RS). Entre numerários, supernumerários e sacerdotes, estima-se que o Opus tenha cerca de 1 700 integrantes por aqui.

Preeminência

A influência que a “Obra de Deus” exerce sobre o Vaticano pode ser medida pelo processo incrivelmente rápido de canonização de Escrivá – o 2º mais breve na história da Igreja Romana, atrás apenas do de madre Teresa de Calcutá. De acordo com Juan Bedoya, o papa João Paulo 2º chegou ao cargo protegido e impulsionado sobretudo pelo Opus Dei. E o atual sumo pontífice também dá sinais de profunda simpatia pela “Obra”. “A organização não gozou de trato especial com os papas Pio 12, João 23 e Paulo 6º, mas foi o movimento predileto do polonês João Paulo 2º, mais conservador que os anteriores”, diz o jornalista espanhol. “Com o papa Bento 16, a organização mantém a preeminência do passado.”
Fonte: origem

quarta-feira, julho 25, 2012

Quais os ingredientes de um cigarro?

Você vai ficar chocado com a lista de ingredientes que contém um cigarro.

O fumo do cigarro contém mais de 4.000 substâncias químicas, incluindo 43 cancerígenas conhecidas (cancerígeno) e 400 compostos de outras toxinas. Estes incluem o alcatrão, nicotina e monóxido de carbono, bem como formol, amônia, ácido cianídrico, arsênico e DDT.



Os piores, ou mais inacreditáveis ingredientes num cigarro:
  • Amônia: desinfectante doméstico
  • Extracto de raiz de Angélica: Conhecido por causar cancro em animais
  • Arsénio: Usado em venenos para ratos
  • Benzeno: Usado na produção de tintas, borracha sintética
  • Butano: Gás; utilizado em fluido de isqueiro
  • Monóxido de carbono: gás venenoso
  • Cádmio: Usado em pilhas
  • Cyanide: veneno mortal
  • DDT: um insecticida proibido
  • Etílico Furoate: Causas danos no fígado de animais
  • Chumbo: Venenoso em altas doses
  • Formaldeído: Usado para preservar espécimes mortas
  • Metilnaftilacetamida: Inseticida
  • Megastigmatrienone: Químico
  • Maltitol: Adoçante para diabéticos
  • Napthalene: Ingrediente das bolas de naftalina
  • Isocianato de metila: A sua libertação acidental matou 2000 pessoas em Bhopal, na Índia em 1984
  • Polônio: causadora de cancro do elemento radioactivo

O Demônio está atacando o Mundo

A Palavra de Deus adverte a respeito de um tempo em que forças espirituais tenebrosas virão contra o mundo e tomarão o controle da humanidad...