Como os Cristãos Devem Identificar o Povo Judeu?
Como cristãos,
precisamos purificar nossas mentes via uma imersão diária na Palavra de Deus. Se
fizermos isso diligentemente, devemos ser capazes de dizer — como Davi disse: —
"Oh! quanto amo a tua lei! É a minha meditação em todo o dia." [Salmos 119:97].
Eu me pergunto quantos fiéis cristãos hoje ainda tremem diante da Palavra de
Deus? Poucos, imagino, mas posso estar errado. De qualquer forma, se mais
tremessem, então erros como aqueles que estamos prestes a discutir não
aconteceriam. Precisamos tratá-los por que, tanto quanto podemos dizer, eles são
comuns entre os cristãos em todo o mundo hoje e, se não forem questionados,
somente ganharão ímpeto e causarão confusão cada vez maior. Os erros apareceram
em um artigo intitulado Identifying the Luciferian Globalists Implementing the
New World Order — Who are the Jews? (Identificando os Globalistas Luciferianos
Que Estão Implementando a Nova Ordem Mundial — Quem São os Judeus?). O autor é
Brian Shilhavy, editor de Health Impact News, e publicado em 20/6/2021, em seu
outro website, created4health.org:
[https://created4health.org/identifying-the-luciferian-globalists-implementing-the-new-world-order-who-are-the-jews/]
O artigo, ao que parece, é uma tentativa sincera de responder à pergunta: "Quem
são os judeus?" e apresenta pouca base na Escritura — infelizmente — para apoiar
seu argumento. Ele parece estar motivado por um desejo de compreender a
mentalidade e caráter da cabala que está por trás da vindoura Nova Ordem
Mundial, especificamente a horrenda desconsideração deles pela vida humana e seu
prazer evidente em atacar o Cristianismo. Mas, o artigo contém sérios erros que
precisamos discutir.
Quem São os Judeus?
Assim, quem são os judeus?
Provavelmente seria melhor que respondêssemos a pergunta nós mesmos e depois
olhássemos mais de perto para os erros que o Sr. Shilhavy e outros estão
cometendo. A Bíblia nos diz que Deus escolheu os filhos de Abraão, por meio da
linhagem de Isaque e Jacó, para serem Seu povo. Não há disputa com relação a
isso. Entretanto, eles tiveram imensas dificuldades em viver debaixo da aliança
com a qual tinham concordado com Deus. Repetidamente, a Palavra de Deus nos diz
que, quando o povo dEle — a quem conhecemos como a nação de Israel, ou filhos de
Israel — desconsideraram os mandamentos dEle e persistiram em seus caminhos
rebeldes, adorando outros deuses, Ele os puniu. Isso envolveu o banimento deles
da terra de Israel — que Deus deu para a nação, e cuja extensão Ele definiu — e
enviou-os para o exílio. Algumas vezes, eles ficaram "exilados" dentro de sua
própria terra, encondendo-se nas colinas e nas cavernas, enquanto uma ou mais
nações conquistadoras os exploravam e oprimiam. Todas as vezes eles se
arrependeram e invocaram Seu Santo nome. A desobediência repetida deles
eventualmente levou à divisão da terra em uma porção setentrional e outra
sulista. A porção setentrional, conhecida como Israel, ou Efraim, aderiu à
idolatria em tão grande medida que, apesar das advertências dos muitos profetas
que o Senhor enviou para corrigi-los de seus maus caminhos, a maior parte da
população foi desarraigada da terra e enviada para o exílio. Isto deixou somente
a porção sulista, conhecida como Judá (em conjunto com Benjamin). Entretanto,
eles deixaram de aprender com a lição de Efraim e afundaram ainda mais na
idolatria. O Senhor enviou o profeta Jeremias, bem como outros profetas, para
corrigi-los, mas os habitantes do reino sulista recusaram-se a se arrepender.
Como resultado, o reino foi conquistado em 586 AC, a maior parte da população
foi morta ou levada para o cativeiro, Jerusalém foi saqueada e queimada, e o
Templo — a própria casa de Deus — foi completametne destruído.
Os Julgamentos de Deus Sobre os Filhos de Israel
Quem fez tudo isto? Os reis Tiglate-Pileser,
Salmaneser, ou Nabucodonosor? Não, o próprio Deus infligiu esses terríveis
julgamentos sobre o povo que Ele tinha escolhido. Foi por meio desses
julgamentos de ira que Deus deu ao Seu povo aquilo que ele merecia. Para
qualquer observador sensato, incluindo as nações que estavam ao redor da terra
de Israel, o Deus de Israel tinham desistido de Seu povo. Mas, sabemos que este
não foi o caso! Ao mesmo tempo que os enviou para o exílio, em 586 AC, Ele lhes
disse — para sua consolação — que a punição duraria 70 anos. Ele até contou esse
período a partir da primeira invasão dos babilônios, em 606 AC, e não a partir
de 586 AC. Assim, em 536 AC eles receberam a permissão de retornar à terra de
Israel e reconstruíram Jerusalém. Eles até receberam os recursos e materiais que
necessitavam para iniciar a reconstrução do Templo. Estes eventos nos dizem
muito sobre o relacionamento entre Deus e Seu povo. Eles eram desobedientes e
rebeldes, cheios de orgulho e caíam em todos os tipos de idolatrias e
depravações. Portanto, por que o Senhor Deus os trouxe de volta no ano 536 AC?
Que grande evidência eles tinham mostrado de arrependimento e coração contrito
por tudo o que fizeram? A Palavra de Deus não se refere aqui ou em outra parte,
a qualquer mérito recém-encontrado nesse povo exilado. A não ser que o próprio
Deus nos diga a razão, nunca saberíamos por que Ele os levou de volta à terra.
Surpreendentemente, a razão nos é apresentada antes de o exílio acontecer: "Pois
o SENHOR, por causa do seu grande nome não desamparará o seu povo; porque
aprouve ao SENHOR fazer-vos o seu povo." [1 Samuel 12:22]. Os críticos modernos
precisam considerar essas palavras com muito cuidado. Elas contêm a chave para
compreender o que está acontecendo com esse povo em nosso mundo hoje. Elas
revelam o princípio da preservação dele em toda a história e o que acontecerá
com ele no fim dos tempos. Estas palavras expressam a vontade determinada de
Deus. O Senhor está dizendo que aprouve a Ele fazer dos filhos de Jacó "Seu
povo" e que "não os desamparará! Por que Ele não irá desampará-los? Por amor ao
Seu grande nome. Não somos solicitiados a examinar a lógica que está por trás da
decisão Dele. Não somos solicitados a avaliá-la ou julgá-la. Tampouco somos
solicitados a compreendê-la! Entretanto, como servos fiéis de Deus e de Seu
Filho maravilhoso, Jesus Cristo, somos solicitá-los a aceitá-la.
Por Amor do Seu Grande Nome
Como cristãos, nós também somos salvos pela mesma razão inexplicável
e incompreensível. Como Davi diz no Salmo 23: "Refrigera a minha alma; guia-me
pelas veredas da justiça, por amor do seu nome." O perdão dos nossos pecados
depende totalmente da seguinte verdade surpreendente: "Ajuda-nos, ó Deus da
nossa salvação, pela glória do teu nome; e livra-nos, e perdoa os nossos pecados
por amor do teu nome." [Salmos 79:9]. Nosso Pai Celestial escolheu nos salvar,
não por algum mérito que exista em nós, mas por amor ao Seu grande nome. Ele fez
exatamente o mesmo comprometimento com os filhos de Israel. Em cada caso, a
salvação é possível por meio da fé no sangue de Cristo. Por esta razão, e esta
razão somente, muitos já foram salvos em toda a história, e muitos mais serão
salvos — tanto judeus e gentios — nos próximos anos. Se o Senhor abandonasse
Israel como uma nação — depois de o ter escolhido — então Satanás venceu. Ele
teria conseguido estorvar aquilo que Deus tinha ordenado claramente. Mas, isto
nunca acontecerá. Moisés se refere a isso quando fala da salvação da nação de
Israel da "fornalha de ferro do Egito" do faraó: "Mas o SENHOR vos tomou, e vos
tirou da fornalha de ferro do Egito, para que lhe sejais por povo hereditário,
como neste dia se vê." [Deuteronômio 4:20]. Deus está expressando Sua soberania
absoluta pela conclusão perfeita de tudo o que Ele prometeu realizar. Ele irá,
como Davi disse, "fazer conhecido o seu poder". Não há nada que Satanás ou os
homens caídos possam fazer para estorvar a santa vontade de Deus. "Não obstante,
ele os salvou por amor do seu nome, para fazer conhecido o seu poder." [Salmos
106:8]. Jeremias cristalizou isto de forma mais tocante quando disse: "Não nos
rejeites por amor do teu nome; não abatas o trono da tua glória; lembra-te, e
não anules a tua aliança conosco." [Jeremias 14:21].
Uma Nação Sob Julgamento
Quando os judeus como uma nação rejeitaram a Cristo em Sua primeira vinda, Eles
foram lançados em um exílio muito longo e doloroso, de longe pior do que
qualquer coisa que tinham enfrentado antes. A Palavra de Deus torna
perfeitamente claro que eles estão sendo julgados como uma nação e, se este é o
caso, então eles ainda existem como uma nação, um povo identificável, aos olhos
de Deus.
Deus está vigiando e cuidando deles durante seu atual tempo de exílio,
mesmo que vivam em total apostasia. Eles ainda estão em rebelião, querendo
encontrar salvação por meio de seus próprios esforços. Eles ainda têm de chegar
até o ponto em que não dependam mais de sua própria força, mas, em vez disso,
voltem-se unanimamente para o Senhor Deus Todo-Poderoso, que os fez e ao Seu
Filho, Jesus Cristo. O Senhor Jesus se referiu a esse momento solente da
seguinte forma: "Porque eu vos digo que desde agora me não vereis mais, até que
digais: Bendito o que vem em nome do Senhor." [Mateus 23:39]. Ele falou estas
palavras em seu último discurso público ao povo de Israel, para a própria nação.
Eles não o veriam mais dali para frente. Após a Ressurreição, Ele apareceu
somente aos discípulos e nunca para para a nação de Israel. Satanás quer tornar
impossível para Israel como uma nação fazer como Jesus disse. Ele quer
destrui-los, antes que eles possam proferir aquelas palavras proféticas:
"Bendito o que vem em nome do Senhor." Para fazer isso, Satanás precisa vir
sobre eles subitamente, com força massacrante. Isto envolve uma de suas grandes
enganações, convencendo os mestres apóstatas de Israel que eles estão
administrando o mundo e são, portanto, invencíveis. Uma grande proporção da
população judaica na Terra neste tempo, bem como aqueles que os odeiam, já
acreditam nesta mentira.
Cegueira Parcial
O apóstolo Paulo disse: "Porque não
quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos):
que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios
haja entrado." [Romanos 11:25]. Esta é uma passagem importante, pois sabemos que
especifica um período excepcionalmente longo de tempo (veja também Lucas 21:24).
A "plenitude" dos gentios refere-se à culminação do poder gentio na Terra e
aponta para um dia — um dia de julgamento — quando todas as nações, sem exceção,
ficarão sob a Ira de Deus. O apóstolo está dizendo que os judeus, como uma
nação, não se livrarão de sua "cegueira parcial" até o fim dos tempos. Isto
corresponde ao ponto no tempo ao qual Jesus estava se referindo, quando Israel,
como uma nação, invocará o SENHOR em verdadeiro arrependimento e apelará para
Ele salvá-lo da aniquilação. Somente então eles reconhecerão e receberão seu
Messias, Cristo Jesus de Nazaré e proferirão aquelas palavras proféticas:
"Bendito o que vem em nome do Senhor."
O Rei dos Judeus
Quando Jesus estava na
cruz, uma placa foi afixada acima de sua cabeça, com os dizeres: "O Rei dos
Judeus" (Marcos 15:26). Ele declarou diante de Pilatos que era, de fato, o rei
dos judeus (Marcos 15:2). Quando Ele retornar à Terra, em Sua segunda vinda, Ele
fará isso como o Leão de Judá, Rei dos Judeus. Como um rei entre seu povo, os
súditos que o reconhecem como soberano precisam residir em seu reino. A Palavra
de Deus nos diz que os judeus que não estiverem ainda vivendo na terra de Israel
serão levados para lá pelos santos anjos de Deus, dos quatro cantos da Terra: "E
levantará um estandarte entre as nações, e ajuntará os desterrados de Israel, e
os dispersos de Judá congregará desde os quatro confins da terra." [Isaías
11:12]. "E ele enviará os seus anjos, e ajuntará os seus escolhidos, desde os
quatro ventos, da extremidade da terra até a extremidade do céu." [Marcos
13:27]. Muitas passagens da Escritura referem-se a esse ajuntamento de Israel.
Aqui estão apenas duas, encontradas no livro do profeta Ezequiel: "Portanto,
dize: Assim diz o SENHOR Deus: Hei de ajuntar-vos do meio dos povos, e vos
recolherei das terras para onde fostes lançados, e vos darei a terra de Israel."
[Ezequiel 11:17]. "E vos tomarei dentre os gentios, e vos congregarei de todas
as terras, e vos trarei para a vossa terra." [Ezequiel 36:24].
O Vínculo da Aliança
Incrivelmente, alguns dos judeus que serão levados deste modo O
rejeitarão. O ajuntamento ocorrerá no "deserto", um local fora das fronteiras de
Israel. Aqueles que se recusaram a entrar sob o "vínculo da aliança" serão
removidos. Cristo Jesus, nosso Senhor, expurgará os rebeldes que ainda estiverem
entre eles e não permitirá que entrem na terra de Israel: "Ouvi, montes, a
demanda do SENHOR, e vós, fortes fundamentos da terra; porque o SENHOR tem uma
demanda com o seu povo, e com Israel entrará em juízo." [Miquéias 6:2]. "E vos
levarei ao deserto dos povos; e ali face a face entrarei em juízo convosco; como
entrei em juízo com vossos pais, no deserto da terra do Egito, assim entrarei em
juízo convosco, diz o SENHOR Deus. Também vos farei passar debaixo da vara, e
vos farei entrar no vínculo da aliança. E separarei dentre vós os rebeldes, e os
que transgrediram contra mim; da terra das suas peregrinações os tirarei, mas à
terra de Israel não voltarão; e sabereis que eu sou o SENHOR." [Ezequiel
20:35-38]. Ele pode fazer isso por que é o Rei dos Judeus, "o Filho do
Altíssimo", para quem nosso Pai Celestial deu o trono de Davi. Além disso, ele
reinará para sempre sobre a casa de Jacó — a nação judaica — e seu reino
florescerá até a eternidade: "E eis que em teu ventre conceberás e darás à luz
um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. Este será grande, e será chamado filho
do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu pai; e reinará
eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim." [Lucas 1:31-33]. Nosso
Pai Celestial nos diz que, na segunda vinda — "no dia do teu poder" — o
remanescente entre os filhos de Israel receberão Jesus como seu Rei, seu Messias
ungido e um novo dia amanhecerá na Terra: "O teu povo será mui voluntário no dia
do teu poder; nos ornamentos de santidade, desde a madre da alva, tu tens o
orvalho da tua mocidade." [Salmos 110:3].
A Sinagoga de Satanás
O Maligno usou a
Sinagoga de Satanás por mais de dois mil anos para se opor a este plano. Não
existe mentira que ele deixará de contar para contestar e refutar a Palavra de
Deus. Essas mentiras têm efeito somente quando os homens começam a acreditar
nelas, quando duvidam daquilo que a Bíblia diz de forma bem clara e investem, ao
revés, em teorias e hipóteses que foram planejadas somente para confundi-los. Os
inimigos do plano de Deus estão tanto dentro das fileiras do Judaísmo quanto
fora delas. Muitos que se passam como defensores respeitáveis do povo judeu e
que chamam a si mesmos de judeus, estão secretamente alinhados com Satanás. Eles
estão tão determinados em destruir o povo judeu a partir de dentro como outros
estão em destrui-los a partir de fora. Nada disso deveria ser surpresa para nós.
Afinal, Satanás está fazendo tudo o que pode para salvar sua própria pele.
Olhando de Perto Alguns Erros
Examinaremos agora alguns dos erros no artigo do
Sr. Shilhavy. Basicamente, ele quer se afastar da noção que o povo judeu ainda
existe hoje em um sentido bíblico. Ele aceita que muitas pessoas se identificam
como "judeus", mas não vê razão para considerá-los como descendentes diretos dos
judeus, os "filhos de Israel", encontrados no Antigo Testamento. Mantendo esta
visão, ele admite que está se alinhando com certos acadêmicos controversos. Como
ele diz: "Existem até alguns historiadores judeus que declararam que há mais
evidência para os palestinos serem descendentes dos judeus que viviam em Israel
antes do ano 70, do que aqueles que afirmam serem 'judeus'." O historiador
israelense Shlomo Sand é um dos expoentes mais conhecidos desta visão. Em um
artigo intitulado Israel Deliberately Forgets its History (Israel se Esquece
Deliberadamente de sua História), que foi publicado em Le Monde Diplomatique, em
setembro de 2008 — um artigo ao qual o Sr. Shilhavy se refere com aprovação —
Sand defende a opinião que a "diáspora" judaica foi o produto, não da expulsão
dos judeus de Israel no ano 70, mas de efetivo proselitismo e ondas sucessivas
de conversão para o Judaísmo em todo o Oriente Médio, Norte da África e partes
da Europa durante o primeiro milênio. Sand rejeita a Bíblia como um registro
histório exato do passado de Israel. Aqui está como ele explica em seu artigo:
"A Bíblia é um texto histórico? Escrevendo durante a primeira metade do século
19, o primeiros historiadores judeus modernos, como Isaak Markus Jost
(1793-1860) e Leopold Zunz (1794-1886), não pensavam assim. Eles consideravam o
Velho Testamento como uma obra teológica que reflete as crenças das comunidades
religiosas judaicas após a destruição do primeiro templo. Somente na segunda
metade do século que Heinrich Graetz (1817-91) e outros desenvolveram uma visão
'nacional' da Bíblia e transformaram a jornada de Abraão até Canaã, a saída do
Egito e o reino unido de Davi e Salomão em um autêntico passado nacional."
[https://mondediplo.com/2008/09/07israel] Sand também afirma no mesmo artigo que
Moisés não liderou um êxodo do povo judeu do Egito, que Davi e Salomão não
governaram sobre reinos muito grandes, que o "monoteísmo" judaico surgiu somente
a partir da influência da filosofia persa sobre os intelectuais judeus que
estavam exilados na Babilônia no século 6 AC, e que os judeus não foram expulsos
em massa pelos romanos após a queda de Jerusalém no ano 70. Em vez disso, eles
permaneceram na terra e a maioria se converteu para o Islã no século 7. Como
estudantes da Palavra de Deus, podemos ver que tudo isto é uma bobagem. Mas,
quando é usado para fortalecer uma falsa interpretação da profecia bíblica e
causar confusão entre os fiéis, é uma bobagem perigosa. O Sr. Shilhavy concorda
que "este é um assunto altamente controverso". Por um lado, ele afirma crer na
Bíblia mas, por outro, está preparado para desenhar um retrato do povo judeu que
está seriamente em discordância com o que a Bíblia realmente diz, não somente em
relação ao passado, mas em relação ao papel deles no fim dos tempos.
Praticamente não é necessário gastar tempo refutando essas alegações estranhas e
incoerentes. Lucas 21:24 somente faz o argumento em pedaços: "E cairão ao fio da
espada, e para todas as nações serão levados cativos; e Jerusalém será pisada
pelos gentios, até que os tempos dos gentios se completem." [Lucas 21:24].
Uma Falha Séria
O Sr. Shilhavy também deixa de distinguir claramente entre a nação
judaica como um todo e a subclasse de apóstatas inserida dentro dela. Ele
categoriza corretamente a última como servos de Satanás. Estes são aqueles que,
em conjunção com seus correspondentes em outras organizações religiosas, estão
trabalhando para destruir o Cristianismo, criar um governo mundial único e
preparar o caminho no cenário internacional para o Anticristo. Jesus parece ter
se referido a essa cabala dentro do Judaísmo quando usou o termo "sinagoga de
Satanás" (Apocalipse 2:9 e 3:9). Dentro da nação de Israel existe outro grupo a
quem a Bíblia chama de "remanescente". Deve-se tomar o cuidado para não implicar
que essas pessoas não existem mais! A Palavra de Deus diz de forma contrária:
"Os restantes se converterão ao Deus forte, sim, os restantes de Jacó." [Isaías
10:21]. Estes são os judeus que invocarão a Cristo no fim dos tempos e O
aceitarão como Messias. A Palavra de Deus nos diz que esse grupo será
constituído de cerca de um terço de todos os judeus no mundo: "E acontecerá em
toda a terra, diz o SENHOR, que as duas partes dela serão extirpadas, e
expirarão; mas a terceira parte restará nela." [Zacarias 13:8]. A terceira parte
que permanece são os remanescentes a quem Deus preservou. Eles são o povo
escolhido. O Maligno está usando a Sinagoga de Satanás como se fosse seu povo
escolhido. Muitos deles alcançaram altas posições nas relações internacionais e,
em conjunção com seus correspondentes em outras religiões, exercem controle
extraordinário sobre o restante da humanidade. A Noiva de Cristo já terá deixado
a Terra antes de o povo escolhido voltar ao trabalho que o Senhor os chamou para
fazer. O próprio Cristo será Rei e Sumo Sacerdote, governando sobre toda a
humanidade a partir de Seu lar em Jerusalém: "Naquele dia o SENHOR dos Exércitos
será por coroa gloriosa, e por diadema formoso, para os restantes de seu povo."
[Isaías 28:5].
Conclusão
Vemos ampla evidência hoje do fruto amargo produzido
pelos servos de Satanás, incluindo aqueles incorporados dentro das instituições
do Judaísmo. Mas, vemos pouco sinal ou evidência do remanescente justo. Essas
pessoas ainda estão em um estado alienado e ainda têm de ser despertadas de seu
sono rebelde. Será necessário um período tumultuoso de perseguição e sofrimento
intenso para produzir isso. A Palavra de Deus chama esse período de "tempo de
angústia para Jacó" (Jeremias 30:7). O próprio Elias estava convencido que não
havia outros servos do Senhor em Israel e, em desespero, derramou seu coração
diante do Senhor. Ao chegar em Horebe — uma viagem incrivelmente longa, que ele
somente conseguiu completar devido à energia recebida das refeições miraculosas
que o Senhor preparou para ele — ele se acomodou no interior de uma caverna.
Duas vezes o Senhor lhe perguntou: "O que fazes aqui Elias?" e duas vezes Elias
deu a mesma resposta: "E ele disse: Tenho sido muito zeloso pelo SENHOR Deus dos
Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derrubaram os teus
altares, e mataram os teus profetas à espada, e só eu fiquei, e buscam a minha
vida para ma tirarem... E ele disse: Eu tenho sido em extremo zeloso pelo SENHOR
Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança,
derrubaram os teus altares, e mataram os teus profetas à espada, e só eu fiquei;
e buscam a minha vida para ma tirarem." [1 Reis 19:10,14]. O Senhor então
revelou graciosamente para Elias Sua providencial preocupação com Israel:
"Também deixei ficar em Israel sete mil: todos os joelhos que não se dobraram a
Baal, e toda a boca que não o beijou." [1 Reis 19:18]. Dobrar os joelhos diante
de Baal e beijar sua efígie eram marcas de apostasia. Um profeta como Elias foi
incapaz de reconhecer o remanescente justo que estava ao seu redor e nós hoje
temos um desafio similar. Para aqueles que rejeitam a Palavra de Deus, ou que
lidam de modo descuidado e irresponsável com aquilo que Ele revelou, o desafio é
não-existente. Eles simplesmente decidiram que a Sinagoga de Satanás controla
todo o Judaísmo e que os judeus não são mais parte do plano de Deus. Os cristãos
precisam evitar esses erros terríveis. Satanás está fazendo o mundo inteiro se
voltar contra os judeus. À medida que o tempo passa, um número cada vez menor
fará uma pausa para distinguir entre a Sinagoga de Satanás e a generalidade dos
judeus. Um número menor ainda acreditará que o Senhor em Sua misericórdia
preservou um remanescente justo entre eles. Eles perguntarão: "Por que razão Ele
faria isto?" Todos os cristãos deveriam saber a resposta: Por amor ao Seu grande
nome! "Aquele que crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no
Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece." [João 3:36].
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Jeremy James, http://www.zephaniah.eu
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