sábado, abril 27, 2013

O Culto ao Verde

O Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP) e a Nova Ética Global
Autor: Carl Teichrib, Forcing Change, Volume 6, Edição 1.


"O Cristianismo resgatou o mundo desta loucura. Hoje, as igrejas cristãs é que estão precisando de um resgate." — Robert A. Sirico. [1].

O ambientalismo e a religião estão indelevelmente ligados. Algumas vezes, essa conexão é sutil, como por exemplo, quando está encoberta na linguagem frequentemente burocrática do desenvolvimento sustentável. Outras vezes, esse casamento é reconhecido abertamente. O falecido ator James Coburn, em uma entrevista no Dia da Terra, com Caryl Matrisciana, na praia de Malibu, proclamou entusiasticamente:
"— A Mãe Terra é a Mãe. Ela é a Deusa-Mãe. Deveríamos louvá-la, em vez de estuprá-la."
"Todas estas pessoas estão aqui hoje por uma razão, porque estão preocupadas com o que está acontecendo com a Terra, com aquilo que a humanidade está fazendo com a Terra."
"Todas as emoções negativas que carregamos por aí também contribuem para o problema. Tudo alimenta a Lua. O que temos de fazer é sermos verdadeiros conosco mesmos; se formos verdadeiros conosco mesmos, seremos verdadeiros com a Mãe Terra."
"A Mãe Terra será generosa. Ela nos dará tudo que necessitarmos. Ela tem feito isso há muito tempo. Perdemos o nosso rumo. Os pagãos sabiam como lidar com a terra e alguns índios ainda se lembram como fazer."
"A Terra é um organismo vivo. Estamos matando a quem mais amamos e quem também nos ama. Temos de louvar nossa Deusa-Mãe!" [2].

Nas Nações Unidas, o centro mundial para os encontros políticos, a ecoespiritualidade foi adotada de diversas formas. Um exemplo é a Convenção da ONU Sobre a Diversidade Biológica, um curto documento com menos de vinte páginas. Considerado em seu valor de face, a Convenção parece ser espiritualmente benigna, com pouca coisa no texto que possa ser interpretado como religiosa em sua natureza.

Todavia, quando o Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP) interpretou a Convenção Sobre a Diversidade Biológica, resultando em uma obra com mais de 1.100 páginas intitulada Global Biodiversity Assessment (Avaliação da Biodiversidade Global), a ecoespiritualidade foi incluída como um patrimônio global. Na verdade, a ecoespiritualidade foi considerada tão importante que um segundo volume enorme foi publicado, apropriadamente intitulado Cultural and Spiritual Values of Biodiversity: A Complementary Contribution to the Global Biodiversity Assessment (Valores Espirituais e Culturais da Biodiversidade: Uma Contribuição Complementar para a Avaliação da Biodiversidade Global), com mais de 700 páginas.

Portanto, por que a Convenção Sobre Diversidade Biológica, um documento minúsculo sem referências reais à religião provocou essa imensa resposta interpretativa, incluindo um texto específico sobre os aspectos espirituais da biodiversidade? O UNEP publicou a resposta:
"... a ONU tem dedicado quantidades crescentes de tempo e energia para articular medidas práticas para atender à crise ambiental global e para formar um consenso internacional em torno de uma ética ambiental global. Grande parte desse esforço veio a frutificar no Encontro da Terra de 1992 com a aprovação da Agenda 21, a Declaração do Rio e a Convenção Sobre Diversidade Biológica." [3].

Caso você não tenha prestado atenção, a resposta pode ser encontrada no centro da citação acima, a formação de "uma ética ambiental global".

Desenvolvendo esse ponto, J. Baird Callicot, um colaborador do UNEP e professor titular de Filosofia no Departamento de Estudos da Religião na Universidade do Norte do Texas, escreveu em Cultural and Spiritual Values of Biodiversity (Valores Espirituais e Culturais da Biodiversidade):
"Com a atual e mais ominosa dimensão global da crise ambiental do século 20 agora no centro das atenções, a filosofia ambiental precisa se esforçar para facilitar o aparecimento de uma consciência ambiental global que abranja as fronteiras nacionais e culturais... Em parte, isso requer uma comparação transcultural mais sofisticada dos conceitos tradicionais e contemporâneos da natureza do ambiente natural, da natureza humana, e do relacionamento entre as pessoas e a natureza... um novo paradigma está emergindo que cedo ou tarde substituirá a obsoleta cosmovisão mecânica e seus valores e mentalidade tecnológica associados."
"O que imagino para o século 21 é o aparecimento de uma ética ambiental internacional baseada na Teoria da Evolução, na ecologia e na nova física... Assim, podemos ter uma cosmovisão e uma ética ambiental associada que correspondam à realidade contemporânea que habitamos um planeta..." [4].

Segundo o dicionário, o termo "ética" significa "um conjunto de princípios morais". A ética e sua irmã gêmea, a moralidade, historicamente têm como base a religião e o pensamento filosófico. Portanto, para surgir um novo conjunto de ética global, a religião como um todo — e a liderança espiritual em particular — precisam ser incluídas nesse processo de transformação. Mas, quais religiões e práticas espirituais são consideradas válidas na criação de uma nova moralidade global e centrada na Terra?

Vendo quais religiões são vilificadas no sistema da ONU e examinando qual cosmovisão a ONU considera importante, a resposta logo aparece. Uma vaga ideia disso existe nos dois textos interpretativos da Comissão Sobre Diversidade Biológica mencionado anteriormente. Nesses volumes, o Cristianismo é duramente criticado, enquanto que as práticas pagãs e as religiões orientais são mostradas como modelos positivos.Segundo a Avaliação da Diversidade Global:
"... a tradição judaico-cristã coloca os humanos não como parte de uma comunidade mais ampla de seres, mas separados. Ela veio a encarar a natureza como totalmente dedicada à satisfação das necessidades humanas, ao bel-prazer das pessoas. As culturas orientais com tradições religiosas como o Budismo, Jainismo e Hinduísmo não se distanciaram de forma tão drástica da perspectiva dos humanos como membros de uma comunidade de seres, incluindo outros elementos vivos e não-vivos. Assim, os hindus continuam a proteger os primatas... Os santuários budistas no sudeste asiático têm seus bosques anexos, como também os santuários xintoístas no Japão. Entretanto, isto não significa que essas sociedades asiáticas não permitiram a erosão em larga escala de suas diversidades biológicas, seja na Índia ou na Tailândia."
"As sociedades dominadas pelo Islã e, especialmente pelo Cristianismo, foram as que mais colocaram os humanos separados da natureza e adotando um sistema de valores que converteu o mundo em um depósito de bens e produtos para a satisfação humana."
"Nesse processo, não somente a natureza perdeu sua qualidade de sagrada, mas a maioria das espécies animais que têm um valor simbólico positivo para outras culturas humanas adquiriu conotações muito negativas na cultura europeia. A conversão para o Cristianismo significou um abandono de uma afinidade com o mundo natural para muitos habitantes das florestas, camponeses e pescadores em todo o mundo." [5].

Após atribuir a culpa básica pelos problemas ambientais ao Cristianismo, a Avaliação continua com sua repreensão dando exemplos negativos da destruição dos bosques sagrados:
"Os estados montanhosos do nordeste da Índia, próximos à fronteira com a China e Mianmar suportavam as sociedades agrárias em pequena escala que praticavam rotação de colheitas até os anos 1950s. Aquelas pessoas seguiam suas próprias tradições religiosas, que incluíam a reserva de 10 a 30% da paisagem como bosques e lagos sagrados." 
"A maioria dessas pessoas foi atraída para a economia de mercado maior e se converteu para o Cristianismo por volta do fim dos anos 1950s. Com essa conversão para um sistema de crenças que rejeita a atribuição de qualidades sagradas aos elementos da natureza, as pessoas começaram a derrubar os bosques sagrados..." [6].

O segundo volume interpretativo do UNEP, Cultural and Spiritual Values of Biodiversity (Valores Culturais e Espirituais da Biodiversidade), segue uma abordagem até mais desafiadora ao Cristianismo e às posições ocidentais. Ele propõe que as religiões do mundo, "especialmente aquelas no Ocidente", redefinam seu propósito final para se alinharem com uma visão da Terra mais radical, sugerindo que as religiões ocidentais comparem sua cosmologia com as Declarações de Assis, [7] que propagam uma unidade mundial e a harmonia universal como a resposta para as tendências globalmente destrutivas da humanidade." [8].

Além disso, a "filosofia cristã do homem branco" é referida como "a hegemonia 'dirigida pelo ego' da doutrina cristã" [9]. Em vez dessas filosofias negativas do "homem branco", outras cosmovisões mais harmoniosas devem ser incentivadas, como a sacralidade do solo: "O solo é nossa deusa; é nossa religião." [10].


O ecofeminismo, antagônico ao Cristianismo e à imagem do Criador como "único, masculino e transcendente", [11] também é trazido para o primeiro plano. O colaborador do UNEP sobre o ecofeminismo sugere as seguintes "transformações interconectadas da nossa cosmovisão":

  • 1. "Mudar de um conceito de Criador como detentor de todo o poder soberano, governando a natureza, porém situado fora dela, para uma concepção de Deus que está sob e em torno de todas as coisas, sustentando e renovando a natureza e a humanidade juntas como uma comunidade biótica criada."
  • 2. "Mudar... para uma visão do mundo como um todo vivo e orgânico, manifestando energia, espírito, instrumentalidade e criatividade."
  • 3. "Uma mudança de uma ética em que entidades não-humanas na Terra, como os animais, plantas, minerais, água, ar e o solo têm somente valor de uso utilitário... para uma visão de todas as coisas como tendo intrinsicamente um valor a ser respeitado e celebrado por serem aquilo que são."
  • 4. "Uma mudança... para a Psicologia holística que reconheça nós mesmos como totalidades psico-espirituais-físicas — em interrelacionamento com o restante da natureza e como totalidades psico-espirituais-físicas que são mutuamente interdependentes em uma comunidade da vida."
  • 5. "Mudança da visão que o domínio patriarcal é a ordem da 'natureza'... para um reconhecimento que o domínio patriarcal é a raiz das relações distorcidas...”
  • 6. "Mudança do conceito de uma cultura superior (a cristã, branca e ocidental) a ser imposta sobre todos os outros povos para 'salvá-los' e 'civilizá-los', para o respeito pela diversidade das culturas humanas em diálogo e mútuo aprendizado, superando a hierarquia racista e defendendo particularmente as culturas nativas biorregionais que estão à beira da extinção."
  • 7. "Uma transição de uma política da sobrevivência dos mais aptos, que aloca recursos e energia para os mais poderosos, para uma comunidade política baseada na democracia participativa, na tomada de decisão baseada na comunidade e a representação do bem-estar de toda a biorregião na tomada de decisões." [12].

Encaixando-se bem com essas visões alternativas, Valores Espirituais e Culturais da Biodiversidade apresenta a ideia de Gaia como um paradigma angular. Essa hipótese favorecida "cientificamente" entrelaça vários conceitos coevolucionários e da Mãe Deusa em torno de um princípio da Terra auto-organizada, [13] formando uma fundação unida para servir ao chamado da interdependência planetária. Por outro lado, em referência à ordem da natureza judaico-cristã, conforme encontrada no primeiro capítulo de Gênesis, o volume do UNEP defende a posição que "uma cultura construída com base no 'domínio da terra e dos animais que vivem nela' está condenada a desaparecer." (Veja a seção "Pertencer à Gaia").Portanto, não é surpresa ler que:
"... as religiões e culturas primitivas, frequentemente imaginadas como constituindo uma única e mais antiga forma de religião, têm constantemente funcionado como a contraparte positiva ou negativa para a civilização e vida ocidentais. No período do ambientalismo elas têm funcionado predominantemente como modelos positivos, algumas vezes até paradisíacos, para uma sociedade e cosmovisão ecologicamente sólidas. O período do ambientalismo coincide com um período de pensamento de Nova Era..." [14].

Obviamente, o fundamento religioso para a vindoura ética global, que está sendo criada para salvar o planeta da calamidade, precisa ser construído com base nas cosmologias pagãs/orientais. O Cristianismo, com seus padrões de desenvolvimento e consumo ocidentais, seu domínio nas questões de gênero e da natureza, e sua mentalidade cultural racialmente "superior" precisa desaparecer.

Mas, o Cristianismo, ou uma forma dele, pode ter seu lugar na mesa internacional. De um modo metafórico, um ponto de iluminação para ele foi ligado, junto com lugares reservados para as outras fés monoteístas. Entretanto, dois requisitos simples, porém não mencionados, precisam ser atendidos:

Primeiro, abandonar os aspectos fundamentalistas da verdade bíblica, que estão repletos de discussões sobre pecado e salvação, e rejeitar a exclusividade do Messias Yaohushua. Em segundo lugar, juntar-se ao mundo para a recriação de uma sociedade para que a Fraternidade dos Homens e a Paternidade do Criador prevaleçam. Em outras palavras, voltar suas costas para os princípios fundamentais e estreitos da Bíblia e fazer parcerias para criar um mundo unificado, reconhecendo que todas as religiões são expressões válidas do Cosmos Vivo. E não importa realmente em que ordem isso seja feito, desde que o resultado final de uma nova ética global seja alcançado.

Apenas para garantir que o lugar à mesa seja ocupado, a assistência da comunidade internacional está sendo oferecida.


O Sábado Ambiental da ONU / Dia de Descanso da Terra

Há quase quarenta anos o UNEP patrocina o Dia Mundial do Meio Ambiente. Todo dia 5 de junho, uma cidade anfitriã patrocina o Dia Mundial do Meio Ambiente. Neste ano, a cidade anfitriã foi Tromsø, na Noruega, com o tema: "O Derretimento do Gelo — um Tópico Quente?" Outros temas já incluíram: "Dê uma Chance à Terra (2002), "Nós, os Povos: Unidos pelo Meio Ambiente Global" (1995) e "Somente uma Terra: Cuide e Compartilhe" (1992). Cidades que já sediaram o evento incluem San Francisco (2005), Moscou (1998) e Nairóbi (1987), entre outras (veja a seção "Dia Mundial do Meio Ambiente: Anfitriões e Temas").

É neste contexto do Dia Mundial do Meio Ambiente que o Sábado Ambiental da ONU foi lançado, planejado especificamente para cair no fim de semana mais próximo do Dia Mundial do Meio Ambiente. Como um escritor do Instituto Earth Island observou: "A abordagem do Dia Mundial do Meio Ambiente também sinaliza o retorno de outro evento singular concebido pela ONU — o Dia Mundial da Terra — um dia de adoração que transcende as denominações e dá as boas-vindas para todas as fés participarem em um dia de reverência global pela Terra." [13].

Leigh Eric Schmidt, escrevendo para o The Harvard Theological Review em 1991, forneceu alguns detalhes históricos sobre esse singular evento anual de adoração à Terra:
"O primeiro Dia da Terra em 1970 forneceu uma ocasião dentro das igrejas para expressar preocupações com a crise ambiental. O envolvimento religioso nesse despertar ecológico foi substancial. Tanto o presidente quanto o secretário-geral do Conselho Nacional de Igrejas endossaram o Dia da Terra em correspondências enviadas para os líderes de igrejas em março de 1970; eles também incentivaram a guarda de um Sábado Ambiental no fim de semana anterior..."
"... Apesar do chamado em 1970 para um Sábado Ambiental, a ideia não se desenvolveu até que o Programa Ambiental das Nações Unidas se apropriou dela em 1986, vinculando-a com o Dia Mundial do Meio Ambiente... Inter-religioso em sua construção, o Sábado Ambiental tem o objetivo de ser um tempo 'para contemplar nosso vínculo com a natureza' e cultivar 'uma atitude mais responsável, cuidadosa e consciente com relação ao uso das dádivas da Terra.' Com um número estimado de 25.000 grupos celebrantes em 1990 — em igrejas, sinagogas, faculdades e organizações juvenis — o Sábado Ambiental é explicitamente litúrgico e religioso em sua inspiração (em contraste com as atividades mais politicamente orientadas do Dia da Terra)..." [16].

Embora o UNEP tenha adotado o Sábado em 1986, não foi até o ano seguinte que o programa se tornou público. De acordo com John J. Kirk, cofundador da Parceria Interfé pelo Meio Ambiente, uma organização estabelecida pelo UNEP para trabalhar pelo Sábado, o público-alvo era formado inicialmente pelas igrejas na América do Norte.
"Ele teve início no outono de 1986 quando alguns de nós nos reunimos na sede da ONU em Nova York com líderes de várias comunidades religiosas. Com orientação e apoio do Programa Ambiental das Nações Unidas, começamos a desenvolver um projeto que informaria as congregações norte-americanas sobre os sérios problemas ambientais que estavam ameaçando a vida na Terra, de modo que pudéssemos trabalhar para proteger essa magnífica obra do Criador."
"Em junho de 1987, nosso primeiro jogo de materiais do Sábado Ambiental foi enviado para as congregações nos EUA e no Canadá. O objetivo era criar um dia sabático para nosso afligido planeta — um Dia de Descanso da Terra a ser celebrado anualmente pelas comunidades religiosas..." [17].

Noel J. Brown, o diretor do UNEP durante o Sábado da Terra de 1990, apresentou as razões mais profundas do que apenas informar as congregações na América do Norte. Em uma carta datada de 28 de março de 1970, ele escreveu:
"Mais uma vez, o Programa Ambiental das Nações Unidas (UNEP) tem a satisfação de convidá-lo para se unir a nós na celebração do 'Dia de Descanso da Terra / Sábado do Meio Ambiente' em suas cerimônias, rituais e orações..." 
"... A necessidade de estabelecer uma nova base espiritual e ética para as atividades humanas na Terra nunca foi maior — já que a deterioração do nosso Lar Planetário torna a proteção do ambiente humano um novo imperativo global." [18].

Menos de seis meses antes de sua carta se tornar pública, Brown estava candidamente buscando a cumplicidade dos líderes religiosos em sua tentativa de criar uma nova ética global. Considere as seguintes declarações feitas enquanto o diretor do UNEP estava visitando o Conselho Interfé de Los Angeles:
"Agora, precisamos trabalhar mais de perto com a comunidade religiosa e espiritual. Precisamos criar um movimento ecumênico — chamo-o de movimento 'eco-mênico' — no serviço da Terra. É hora para nós pensarmos novamente, e pensarmos de um modo novo..." 
"... Gostaríamos também de sugerir outros desafios com os quais vocês que estão nas comunidades religiosas podem nos ajudar. O primeiro é uma nova visão, e instituições de apoio, para nos ajudarem a avançarmos nessa transição. Nós nas Nações Unidas não podemos esperar solucionar os problemas do futuro somente com as instituições e a mentalidade do passado. Precisamos de uma visão que englobe todos os direitos humanos à liberdade, igualdade e condições de vida, e um meio ambiente que prometa vida, dignidade e bem-estar. Precisamos de uma legitimidade, uma nova ética e novas metáforas." 
"... precisamos criar uma nova visão e uma instituição que possa nos ajudar a lidar com essas novas realidades." 
"Uma das novas metáforas que estou ansioso para criar e promover é a de um pacto — um novo pacto com a Terra. Vocês nas comunidades religiosas podem nos ajudar a fazer isso." 
"... Este é o desafio que está diante de todos nós, e é por causa desse desafio que peço que vocês trabalhem conosco como aliados. Podemos criar uma nova ordem e, para que possamos sobreviver, de fato precisamos disso." [29].

[Nota: O Pacto da Terra completo pode ser encontrado adiante neste artigo.]

No tempo do evento de 1990, as denominações cristãs com assento na junta interfé do Sábado Ambiental incluíam a Igreja Batista Americana, a Igreja Episcopal Protestante, a Igreja Metodista Unida e a Igreja Unida de Cristo. [20]. Além disso, um livro especial de recursos de adoração à Terra foi preparado pelo UNEP para o Sábado, adequadamente intitulado Only One Earth (Somente uma Terra).

Focalizando a mudança do atual paradigma religioso rumo a um novo modo ecológico de pensar, Somente uma Terra foi um livro repleto de textos para meditação, orações e canções para uso congregacional. Até sugestões para o serviço de adoração estavam incluídas, como mostram os excertos a seguir:

Sermão:
  • "Descreva a crise. Use dados científicos. Destaque a urgência da situação."
  • "Fale do relacionamento essencial Terra-seres humanos. O que é? Qual é nossa responsabilidade nisto?
  • "Aponte para várias fontes de inspiração: para as escrituras, para a sabedoria, para a espiritualidade e para a própria Terra. Mostre como todas elas são importantes e estão interligadas."

O Serviço:
  • "Enfeite seu santuário com fotografias da Terra vista do espaço, e com outras imagens da Terra."
  • "Convide oradores ou 'representantes' de outras espécies, como plantas e animais. "

Vá Além:
  • "Nos serviços normais, insira uma porção que enfoque a reverência e cuidado pela Terra."
  • "Organize uma cerimônia interfé."
  • "Organize um concerto ou festival Sábado Ambiental..."
  • "Escreva cartas para os líderes nacionais ou regionais de sua fé, incentivando-os a tomarem atitudes." [21]

Para os líderes religiosos que estavam assim inclinados, as igrejas poderiam participar nas diversas meditações e reflexões listadas. Orações hindus, budistas, judaicas, indígenas, islâmicas e cristãs foram sugeridas, todas com uma entonação mística e/ou centrada na Terra. Na capa do livro de adoração para o Sábado do UNEP havia o Pacto da Terra, um tipo de "tratado do cidadão" que poderia ser copiado e distribuído para os adoradores (veja a seção "O Pacto da Terra".).

A resposta ao Sábado Ambiental de 1990, o ano de lançamento de Somente uma Terra, foi digna de nota. Não somente muitas igrejas e grupos participaram dessa jornada "A Terra em primeiro lugar", estimados em 25.000 por Leigh Eric Schmidt, mas isto acrescentou ímpeto real rumo à aceitação de uma teologia ambiental. Além disso, ao longo dos anos, o programa, de acordo com John Kirk, produziu "mais de 130.000 projetos religiosos e ecológicos... em todo o mundo." [22].

O Sábado Ambiental nunca alcançou a tremenda popularidade geral do Dia da Terra, em 22 de abril. Mas, ele não foi destinado para o público geral. Em vez disso, o programa Sábado Ambiental tinha um alvo específico: líderes religiosos e espirituais, igrejas e denominações inteiras.

No ano de 2000, Somente Uma Terra foi remodelado e relançado como Somente uma Terra: Um Livro de Reflexão e Ação. Na página 3 dessa nova edição ampliada, o subsecretário-geral da ONU Klaus Töpfer ofereceu algumas palavras de ecosabedoria:
"Entramos em uma nova era. Uma era onde todos teremos de assinar um novo acordo com nosso meio ambiente... e entrar na comunidade maior de todos os seres vivos. Um novo sentido de nossa comunhão com o planeta Terra precisa entrar em nossas mentes." [23].

Hoje, a ecoespiritualidade de Nova Era está avançando rapidamente dentro da comunidade cristã, influenciando organizações paraeclesiásticas, congregações locais e até a liderança de denominações inteiras. Para catalogar a situação somente na América do Norte seria necessário um livro inteiro para listar todos os ministérios e igrejas que adotaram essa ideologia, seja por ingenuidade ou por concordância.

Vendo a escrita na parede, Robert A. Sirico, presidente do Instituto Acton, redigiu as seguintes palavras com relação ao Sábado da Terra, paganismo e a aceitação dessas ideias pelos líderes religiosos:
"Considere a 'confissão' dos pecados ambientais oferecida pelo Conselho Nacional de Igrejas: 'Somos responsáveis por uma imensa poluição na terra, nas águas e nos céus... Estamos matando os céus: a atmosfera global se aquece com os gases químicos e a camada de ozônio é destruída." 
"Os cientistas dizem que a maioria dessas preocupações é exagerada. Mas, vamos apenas dizer que sejam verdadeiras. No máximo, elas são questões técnicas que precisam ser tratadas por especialistas nos setores público e privado. Elas não deveriam ter uma relevância espiritual de longo alcance. Ninguém está no inferno por ter usado um tubo de aerossol para aplicar laquê no cabelo." 
"Somente se aliviarmos nosso barco dos ensinos tradicionais é que poderemos concordar com as palavras de celebração da ecologia do Conselho Nacional de Igrejas, que dizem o seguinte em uma das orações propostas: 'Precisamos dizer, fazer e ser tudo o que for possível para alcançar o objetivo do Sábado Ambiental... Não podemos deixar nossa mãe morrer. Precisamos amá-la e restaurá-la.'"
"Descrever a Terra como nossa mãe viva constitui uma forma pagã de adoração à terra, ou se aproxima perigosamente disso. Um Sábado Ambiental não é um objetivo cristão, embora as Nações Unidas tenham um programa para promovê-lo. Também não devemos tentar criar uma 'eco-igreja'..." 
"O relato do Gênesis sobre a criação fornece evidência teológica suficiente para rejeitarmos a teologia verde. Depois de ter criado o homem e a mulher à Sua imagem, o Criador Yaohu disse: 'Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.'[Gênesis 1:28]." 
"A Terra não recebeu domínio sobre as pessoas. Nós é que temos almas que carecem de salvação; as rochas, rios, esquilos e o salmão não têm. Recebemos os dons da razão e da revelação; as plantas e os animais não. Existem modos certos e errados de exercermos domínio sobre a natureza, que a consciência bem estruturada pode discernir." [24].

Encerrando este artigo, acho que seria prudente considerarmos as palavras de Samantha Smith em seu livro Goddess Earth (A Deusa Terra), publicado em 1994. Uma crítica da ecoespiritualidade, ela expôs os aspectos centrais dessa questão e suas perturbadoras implicações para o Cristianismo:
"Grande parte do ativismo social e ambiental nas igrejas hoje está baseado nas crenças socialistas promovidas em nome da 'mordomia', que engloba tudo, desde justiça social até a apaixonada proteção à Terra. A Teologia Verde negligencia as ordens de Yaohu para ocuparmos a Terra e dominá-la, mas, ao mesmo tempo, cuidando de sua beleza e de seus recursos. Em vez disso, ela quer fazer os cristãos acreditarem que seu chamado mais enobrecedor é servir à Terra 'interconectada'. Ao fazerem isso, eles caem nas mãos dos verdes pagãos, que desejam que a Terra tenha domínio sobre o homem." [25].

Notas Finais

1. Robert A. Sirico, "Despoiler or Problems-Solver”, Acton Institute, 1994, http://www.acton.org/ppolicy/editorials/sirico/despoiler.html.

2. Esta entrevista pode ser encontrada no vídeo-documentário "Earth’s Two-Minute Warning", Jeremiah Films, 1997.

3. Cultural and Spiritual Values of Biodiversity: A Complementary Contribution to the Global Biodiversity Assessment (UNEP, 1999), pág. 446.4. Idem, pág. 447. [Veja a Caixa 11.4: "Towards a Global Environmental Ethic"].

5. Global Biodiversity Assessment (UNEP, 1995), pág. 839.

6. Idem, pág. 839.

7. Cultural and Spiritual Values of Biodiversity, pág. 448-449.

8. As Declarações de Assis podem ser encontradas na publicação do UNEP intitulada Only One Earth: A Book of Reflection for Action (UNEP, 2000).9. Cultural and Spiritual Values of Biodiversity, pág. 451.

10. Idem, pág. 453.

11. Idem, pág. 457.

12. Idem, págs. 459-460.

13. Para literatura que suporte a hipótese de Gaia, veja James Lovelock, Gaia: A New Look at Life on Earth (Oxford University Press, 1979/1995) e Lawrence E. Joseph, Gaia: The Growth of an Idea (St. Martin’s Press, 1990). Dois livros que expõem criticamente a ecoespiritualidade do movimento ambientalista, incluindo os conceitos de Gaia, são Michael S. Coffman, Saviors of the Earth? (Northfield, 1994) e Samantha Smith, Goddess Earth (Huntington House, 1994).14. Cultural and Spiritual Values of Biodiversity, pág. 497.

15. Gar Smith, "World Environment Day & the Earth Sabbath", The Edge, Instituto Earth Island, 2 de junho de 2006. A página do Instituto Earth Island, que inclui cópias on-line de The Edge, pode ser encontrada em http://www.earthisland.org.

16. Leigh Eric Schmidt, "From Arbor Day to the Environmental Sabbath: Nature, Liturgy, and American Protestantism", The Harvard Theological Review, Vol. 84, No. 3. (Jul., 1991), págs. 317-318.

17. Carta de John J. Kirk, conforme reimpressa em Only One Earth: A Book of Reflection for Action (UNEP/Interfaith Partnership for the Environment, 2000), pág. 5.

18. Esta carta foi reproduzida em sua inteireza no livro de recursos de adoração do Sábado Ambiental do UNEP, Only One Earth, (1990).

19. Noel J. Brown, "We Appeal to You", comentários feitos para o Conselho Interfé de Los Angeles, 2 de novembro de 1989. Este discurso pode ser encontrado em http://www.context.org/ICLIB/IC24/Brown.htm.20. Schmidt, The Harvard Theological Review, pág. 318-319.


21. UNEP, Only One Earth (1990). A numeração de página estava ausente no documento original.

22. Carta de John J. Kirk, conforme reimpressa em Only One Earth: A Book of Reflection for Action (UNEP/Interfaith Partnership for the Environment, 2000), pág. 5.

23. Only One Earth: A Book of Reflection for Action (UNEP/Interfaith Partnership for the Environment, 2000), pág. 3.

24. Robert A. Sirico, "Despoiler or Problems-Solver", Acton Institute, 1994, http://www.acton.org/ppolicy/editorials/sirico/despoiler.html

25. Samantha Smith, Goddess Earth: Exposing the Pagan Agenda of the Environmental Movement (Huntington House, 1994), pág. 198.
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Pertencer a Gaia

O texto a seguir foi extraído de Cultural and Spiritual Values of Biodiversity (Valores Culturais e Espirituais da Biodiversidade), pág. 449. Ele foi redigido por William N. Ellis e Margaret M. Ellis. Todo o negrito e colchetes estão no original.

Pertencemos ao Emaranhado-de-seres — à Terra — à Gaia.
Pertencer é o protovalor a partir do qual todos os outros valores são derivados.
Pertencemos à fisiosfera, à biosfera e à ideosfera.
Pertencemos à Gaia.
Como diziam os aborígenes: "Somos posse da terra, não proprietários da terra.".
Como o chefe Seattle dizia: "Não podemos possuir a terra, somos parte da terra."
Pertencemos e somos inseparáveis da nossa cultura — uns dos outros — de Gaia. Somos interdependentes com tudo o que existe. 
Pertencer é um fato científico; e pertencer é mais do que um fato científico.
Pertencer não é meramente 'ser membro de', mas estar sujeito a — estar em parceria — ser responsável por alguma coisa. 
Pertencemos – e somos responsáveis – pelo emaranhado de seres — o universo — a Terra — Gaia. 
Pertencer à Gaia significa reconhecer que estamos envolvidos no emaranhado de seres — que nosso bem-estar é dependente do bem-estar de Gaia — o bem-estar uns dos outros. Se destruirmos Gaia, estamos destruindo a nós mesmos. 
Pertencer implica 'cooperação' – trabalhar com o que existe — com Gaia — o emaranhado de seres. 
Pertencer implica em 'comunidade'. Somos responsáveis por Gaia. Somos responsáveis uns pelos outros. 
Pertencer implica em 'Amar'.
Não podemos separar o amor (agape) do fato que pertencemos a Gaia.
Amamos porque precisamos amar para preservar Gaia — para preservar a nós mesmos — para preservar o emaranhado de seres.
As culturas construídas com base em valores diferentes de pertencer estão condenadas à autodestruição.
Uma cultura construída com base em "dominar a terra e todos os animais que vivem nela' está condenada a desaparecer.
Uma cultura baseada no interesse mesquinho está condenada a se desintegrar.
Uma cultura baseada na 'sobrevivência dos mais aptos' não sobreviverá.
Para ser estável e sustentável, uma cultura precisa estar baseada na cooperação, comunidade, responsabilidade, amor, honestidade, cuidado e os demais valores que estão implicados e interligados uns com os outros e com pertencer.
Não podemos mais nos separar de senso de pertencer — de Gaia — e continuar sendo uma cultura viável, da mesma forma como um átomo de oxigênio não pode se separar dos átomos de hidrogêncio e manter as qualidades da água.
[Conforme apresentado em Only One Earth, UNEP, 1990]
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Pacto Pela Terra
Um Tratado do Cidadão para uma Segurança Ecológica Coletiva

Preâmbulo

Nós, o povo da Terra, nos alegramos com a beleza e as maravilhas da terra, dos céus, das águas e da vida em toda sua diversidade. A Terra é nosso lar e nós a compartilhamos com todos os outros seres vivos.

Todavia, estamos tornado a Terra inabitável para a comunidade humana e para muitas formas de vida. O solo está se tornando estéril, os céus poluídos e a água contaminada. O clamor das pessoas cuja terra, ganha-pão e saúde estão sendo destruídos é ouvido em todo o mundo. A própria Terra está nos chamando para despertar.

Nós e todos os seres vivos dependemos da Terra e uns dos outros para nossa existência, bem-estar e desenvolvimento comuns. Nosso futuro coletivo depende de um reexame de nossas pressuposições mais básicas sobre o relacionamento da humanidade com a Terra. Precisamos desenvolver princípios e sistemas comuns para moldar esse futuro em harmonia com a Terra.

Os governos sozinhos não podem proteger o meio ambiente. Como cidadãos do mundo, aceitamos responsabilidade em nossas vidas pessoais, profissionais e comunitárias para proteger a integridade da Terra.

Princípios e Compromissos

Em acordo uns com os outros e em nome de toda a comunidade da Terra, nós nos comprometemos com os seguintes princípios e ações:

• Relacionamento com a Terra: Todas as formas de vida são sagradas. Cada ser humano é uma parte integral e singular da comunidade de vida da Terra e tem uma responsabilidade especial de zelar pela vida em todas suas diversas formas. Portanto, agiremos e viveremos de modo a preservar os processos naturais da vida da Terra e respeitar todas as espécies e seus habitats. Trabalharemos para evitar a degradação ecológica.

• Relacionamento uns com os Outros: Cada ser humano tem o direito a um ambiente saudável e de poder obter os frutos da Terra. Cada um também tem um dever contínuo de trabalhar para o alcance desses direitos para as gerações presente e futuras.

Portanto, com a preocupação que toda pessoa tenha alimento, moradia, ar puro, água potável, educação, emprego e tudo o mais que é necessário para desfrutar a plena medida dos direitos humanos — trabalharemos para um acesso mais equitativo aos recursos da Terra.

• Relacionamento Entre Segurança Econômica e Ecológica: Como a vida humana está enraizada nos processos naturais da Terra, o desenvolvimento econômico, para ser sustentável, precisa preservar os sistemas que suportam a vida na Terra.

Portanto, usaremos tecnologias que protejam o meio ambiente e promoveremos que elas se tornem disponíveis para as pessoas em todas as partes da Terra. Quando estivermos em dúvida sobre as consequências dos objetivos econômicos e das tecnologias sobre o meio ambiente, concederemos uma margem adicional de proteção à natureza.

• Governança e Segurança Ecológica: A proteção e aprimoramento da vida sobre a Terra requer sistemas legislativos, administrativos e judiciários nos níveis locais, regionais e internacionais apropriados. Para serem eficazes, esses sistemas precisam dar autoridade legal, ser participativos e baseados em informações abertas.

Portanto, trabalharemos pela aprovação de leis que protejam o meio ambiente e promoveremos o respeito a elas por meio de ação educacional, política e jurídica. Faremos avançar políticas de preservação em vez de somente reagir aos danos causados ao meio ambiente.

Declarando nossa parceria uns com os outros e com nossa Terra, damos nossa palavra de honra que seremos fiéis aos compromissos aqui assumidos.

A música de hoje trabalha para o lado obscuro da força

Não, isso não é um protesto contra o heavy metal “do demo” ou o sertanejo. A frase acima serve para praticamente todas as músicas que ouvimos atualmente. Até um Mozart ou um Verdi.

Hoje, praticamente todos os instrumentos e e todas as músicas que escutamos estão afinadas na frequência 440 Hz (vibrações por segundo – afinal, som é uma vibração). Mas não foi sempre assim. Na época de Mozart, Verdi e todos os outros compositores até o início do século XX, a frequência usada para afinação na música era de 432 Hz. Era uma frequência perfeita, harmônica, já que é a mesma frequência do universo.

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A frequência 432 Hz utiliza a fórmula Pi, conhecida como regra de ouro. É capaz de reproduzir de forma natural a “espiral musical pitagórica”. É a sequência seguida por toda forma de vida. Está em ressonância com cada célula de nosso corpo. É a frequência dos batimentos cardíacos. Estimula a produção de serotonina e o lado direito do cérebro. Essa é a frequência de afinação dos violinos Stradivarius que, não por acaso, soam muito melhor do que os violinos convencionais. Está de acordo com padrões matemáticos perfeitos. Por exemplo: como convenção, utiliza-se o Lá como base de afinação, sendo que a afinação das outras notas são uma consequência. Nessa afinação, a frequência do Dó, nas diferentes oitavas, segue uma progressão da potência de 2:

128 Hz = 27256 Hz = 28512 Hz = 29

Então, por estar de acordo com o universo e suas leis, a frequência 432 Hz inspira paz, lógica, harmonia, perfeição e universalidade.

Em 1939, houve um decreto na Europa para mudar a afinação de 432 Hz para 440 Hz. Uma frequência dissonante com o universo. Que, por isso, pode gerar os efeitos contrários à afinação 432 Hz: distorções, inadequação, podendo inspirar caos social, estresse e até guerras. E adivinha quem proclamou essa mudança? Joseph Goebbels, o ministro da propaganda nazista, durante o período de ascensão do nazismo, para causar vulnerabilidade e caos na Alemanha.

Anos depois, em 1953, o decreto de Goebbels foi aprovado pelo ISO (Organização Internacional de Padronização), e passou a servir para todo o mundo, dominando os instrumentos, as orquestras e a indústria fonográfica. Então, hoje, quando você escuta um Mozart, ou um Bach, está escutando em uma frequência diferente daquela em que foi escrita.

Dá para ter uma noção da diferença das frequências no vídeo abaixo. A música tocada na versão 432 Hz parece muito mais harmônica e perfeita. Já a mesma música tocada em 440Hz gera uma certa aflição.


Aqui, você consegue baixar um editor para converter suas músicas para 432 Hz.

Hoje em dia, há diversos músicos e institutos lançando movimentos para se voltar ao padrão de afinação de 432 Hz. Então, na próxima vez em que o U2 quiser lançar uma música pela paz, é bom começar compondo na frequência 432 Hz.

Curiosidade: a mudança de 432 Hz para 440 Hz reflete um aumento de 1,776% na frequência. 1776 foi o ano da criação dos Illuminati, na Baviera. Mas essa já é outra história.

EUA: Governador de Maryland cria imposto sobre a chuva

Martin O' Malley,
governador democrata de Maryland
Martin O' Malley, governador democrata do estado de Maryland, nos Estados Unidos, criou um imposto para taxar a quantidade de chuva que cai nas propriedades de cada habitante daquele Estado. O imposto será calculado através de vigilância por satélite às habitações.

A origem do imposto está num decreto aprovado no ano passado, pela Assembleia Legislativa, para cumprir uma ordem da Agência de Protecção Ambiental para a limpeza do estuário de Chesapeake Bay.

As críticas não se fizeram esperar. O republicano Dan Bogino, ex-candidato a senador, afirma que esta lei “requer à população, às empresas, às instituições de caridade e às casas de culto” o pagamento “de um imposto baseado na quantidade de chuva que caia na sua propriedade ou nas superfícies impermeáveis das mesmas”.

Alguns analistas locais afirmam que esta nova taxa irá criar um maior encargo financeiro aos cidadãos, uma vez que estes já têm muitos outros impostos. De acordo com a organização conservadora Change Maryland, o imposto sobre a chuva custará cerca de 300 milhões de dólares por ano à população.
Fonte: www.jn.pt

10 Rituais mágicos que foram usados para tentar vencer guerras


Se você pensa que, depois do Iluminismo, a ideia de recorrer a magia em conflitos ficou restrita a algumas seitas e a livros como Harry Potter, engana-se: líderes nazistas, a CIA (serviço de inteligência americano) e o M15 (serviço de inteligência britânico) já tentaram buscar ajuda no “sobrenatural” em suas guerras, como você lerá a seguir.


10. O (Soldado) Ilusionista

Na época da Guerra Fria, a CIA contratou o ilusionista John Mulholland para escrever um manual que seria usado para ensinar a soldados truques de prestidigitação (um conjunto de técnicas que faz uso de movimentos rápidos e precisos das mãos) que ele usava em suas apresentações.

O “The Official CIA Manual of Trickery and Deception,” (algo como “Manual Oficial de Truques e Indução a Enganos”) também ensinava a usar compartimentos secretos para proteger documentos importantes e sinais discretos (como uma maneira específica de amarrar os sapatos) para se comunicar com outros agentes durante missões em campo. É o tipo de coisa que o Agente 86 faria se fosse menos desastrado.


9. Magia Policial

Em sua luta contra o tráfico de drogas na fronteira entre México e Estados Unidos, policiais de Tijuana (México) usaram em 2010 rituais “mágicos” para ter alguma vantagem no conflito com traficantes – em um dos rituais, sacerdotes matavam galinhas durante um período de lua cheia e jogavam sangue sobre os policiais, como forma de “proteção”.


8. Houdini, o Espião

Embora não haja registros oficiais, acredita-se que o mágico Harry Houdini tenha trabalhado como espião para a Scotland Yard (quartel general da Polícia Metropolitana de Londres) e para o governo dos Estados Unidos. Em 2006, foi lançada a biografia “The Secret Life of Houdini” (“A Vida Secreta de Houdini”, sem edição no Brasil), em que o autor sustenta a ideia, alegando ter usado mais de 700 mil páginas de documentos coletadas ao longo de anos para chegar a essa conclusão.


7. Os falsos horóscopos britânicos

Aproveitando o fato de que Adolf Hitler e muitos de seus subordinados tinham uma certa obsessão pelo “sobrenatural”, o governo britânico contratou o astrólogo Louis de Wohl para criar previsões de horóscopo falsas (“todo horóscopo é falso”, pensou algum leitor – mas não entraremos nesse mérito) e prejudicar o desempenho nazista na guerra. 

No fim das contas, outras ações garantiram a vitória dos Aliados, e o M15 se arrependeu de ter se envolvido com de Wohl, aparentemente por perceber que ele era um charlatão – algo curioso, já que esse teria sido um dos motivos para pedir sua ajuda, para começo de conversa.


6. Defesa Paranormal

Em 2002, o Ministério da Defesa Britânico conduziu um estudo para avaliar se soldados poderiam ser treinados para se tornar paranormais, o que seria um “trunfo sobrenatural” na luta contra o terrorismo. 

Como parte desse esforço, o governo britânico convidou pessoas que se diziam “paranormais” para participar de testes, mas elas recusaram – e, em seu lugar, apareceram candidatos que não eram “do ramo”, mas que viram uma oportunidade de ganhar dinheiro fácil.


5. O Mago de Napoleão III

Em 1856, Napoleão III (sobrinho de Napoleão Bonaparte) chamou Jean Eugene Robert-Houdin (cujo nome serviu de inspiração para o nome artístico de Harry Houdini) para combater “magos” muçulmanos na Argélia (então dominada pela França). 

Eles usavam truques de ilusionismo para entreter a população e ganhar sua confiança, o que, para Napoleão III, podia acabar incentivando uma união de forças contra o domínio francês. Robert-Houdin, mais habilidoso, teria tirado a audiência de seus “concorrentes”.


4. Em Busca do Cálice Sagrado (na vida real)

Parece exagero, algo que veríamos apenas em filmes como os de Indiana Jones, mas é fato: nazistas buscaram o Cálice Sagrado (supostamente usado por Jesus Cristo na Última Ceia) e outros artefatos religiosos. Parte das buscas foi liderada por Heinrich Himmler, um dos mais poderosos comandantes do exército nazista.


3. Psicocinese à Moda Russa

Na década de 1920, o governo soviético começou a se interessar por telepatia e psicocinese (capacidade de mover objetos com a mente), que seriam mais baratos do que aparelhos de comunicação e de defesa (imagine como seria “prático” e “econômico” desviar um míssil apenas com a força do pensamento). A psicocinese, inclusive, foi estudada no Institute for Brain Research at Leningrad State University (Instituto para Pesquisa Neurológica da Universidade Estadual de Leningrado).


2. Como esconder um canal

O mágico Jasper Maskelyne foi chamado pelos Aliados durante a guerra para uma iniciativa curiosa: o Projeto Camuflagem, que tinha como objetivo esconder (!) o Canal de Suez e, com isso, dificultar ataques das tropas nazistas. 

Como não poderia estender uma gigantesca capa de invisibilidade sobre o canal, Maskelyne desenvolveu holofotes giratórios que poderiam “cegar” temporariamente pilotos de caça que sobrevoassem o local.


1. O Projeto Stargate

Durante a Guerra Fria, o Pentágono investiu mais de 20 milhões de dólares (um valor especialmente alto para a época) no chamado Projeto Stargate, em que seria investigada a possibilidade de desenvolver algo conhecido como “visão remota” (a capacidade de enxergar a longas distâncias com a mente, sem uso de equipamentos). No fim das contas, decidiram que era melhor focar em radares e satélites mesmo.

Mais uma Carta do Jogo INWO se Concretizou na Maratona de Boston

Estas são cartas do popular jogo Illuminati INWO e são eventos que vêm ocorrendo, ou que simplesmente já aconteceram. Os tsunamis e desastres nucleares no Japão, o desastre do Golfo do México, Saddam, Lady Di e os atentados terroristas de 11/9.

Agora, a carta chamada "Corredores" está diretamente relacionada com os atentados em Boston que ocorreram em 15 de abril de 2013. Coincidência?

Qual será a próxima?
De acordo com alguns cartões do jogo: "Controle de armas" (como está acontecendo nos EUA), a "Suprema Corte illuminati" ou a "Ajuda Externa" (ou melhor dizendo, ajuda extraterrestre!)...

O governo federal está analisando a possibilidade de anistiar as dívidas fiscais bilionárias dos clubes esportivos e dos times de futebol

O governo primeiro deveria resolver os problemas da saúde e da educação para depois ajudar o clubes de futebol

O governo federal está analisando a possibilidade de anistiar as dívidas fiscais bilionárias dos clubes esportivos e dos times de futebol. Além disso, o clubes, que faturaram entre R$ 40 milhões e R$ 290 milhões em 2012 vendendo direitos de transmissão de TV, ingressos, publicidades, títulos de sócio torcedor, jogadores e patrocínios, entre outros tipos de renda, ainda ficariam isentos de impostos por serem "entidades sem fins lucrativos".

Na realidade, esse gesto de bondade do governo com relação às dívidas federais (FGTS, INSS e Imposto de Renda), de cerda de R$ 3 bilhões, não resolve todos os problemas financeiros das agremiações. A dívida total é estimada em mais de R$ 5 bilhões e inclui tributos estaduais e municipais, empréstimos bancários e processos trabalhistas, entre outros.

Essa idéia “brilhante” de pagar as dívidas desse times com o dinheiro do povo brasileiro é do deputado Vicente Cândido (PT/SP), que é vice-presidente da Federação Paulista de Futebol para a região metropolitana e o ABC. O que mais é estranho é que foi apoiada pelo ministro do Esporte, mesmo com a taxa de crescimento da economia brasileira muito baixa como foras os anos de 2011 e 2012. Somando esse fato, sabe-se que existem muitas falcatruas, corrupção, benefícios próprios para dirigentes, entre muitas outras malandragens que extrapolam o futebol jogado dentro de campo.

Aliás, em 2011, após a "CPI da CBF Nike", o atual ministro, Aldo Rebelo, e o ex-deputado Silvio Torres escreveram o livro CBF/Nike e entraram de sola na cartolagem: "... são milhões de dólares que rolam em contratos obscuros e desaparecem. Quanto maiores os contratos, mais endividados ficam a CBF, as federações e os clubes, enquanto fortunas privadas formam-se rapidamente, administradas em paraísos fiscais de onde brotam mansões, iates, e se alimenta o poder de cooptação e de corrupção".

O que se percebe é que no futebol brasileiro, o crime compensa e tem o aval do governo para isso. Isso é posto para público em geral na nomenclatura "reestruturação da dívida". Pela proposta dos políticos e burocratas, que dizem querer “salvar” o futebol brasileiro, os clubes devedores pagariam apenas 10% do principal em 240 meses. Para quitar os 90% restantes as instituições esportivas ofereceriam contrapartidas de incentivo ao esporte olímpico e projetos sociais.

Fora tudo isso, somente em 2014 e 2015 deverão ocorrer cerca de R$ 2 bilhões de renúncia fiscal para o esporte. A maior parte para o futebol. Enquanto isso, existe uma verdadeira calamidade nos serviços de saúde oferecidos pelo setor público, com pessoas sem atendimento adequado. Não é razoável a sociedade brasileira deixar que os escassos recursos públicos sejam utilizados para manter as riquezas de clubes de futebol que já são muito ricos. Primeiro tem que oferecer educação e saúde decentes para a população.

O governo de Angola baniu a maioria das igrejas evangélicas brasileiras do país

Segundo o governo, elas praticam "propaganda enganosa" e "se aproveitam das fragilidades do povo angolano", além de não terem reconhecimento do Estado.

"O que mais existe aqui em Angola são igrejas de origem brasileira, e isso é um problema, elas brincam com as fragilidades do povo angolano e fazem propaganda enganosa", disse à Folha Rui Falcão, secretário do birô político do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) e porta-voz do partido, que está no poder desde a independência de Angola, em 1975.

Cerca de 15% da população angolana é evangélica, fatia que tem crescido, segundo o governo.
Em 31 de dezembro do ano passado, morreram 16 pessoas por asfixia e esmagamento durante um culto da Igreja Universal do Reino de Deus em Luanda. O culto reuniu 150 mil pessoas, muito acima da lotação permitida no estádio da Cidadela.

O mote do culto era "O Dia do Fim", e a igreja conclamava os fiéis a dar "um fim a todos os problemas que estão na sua vida: doença, miséria, desemprego, feitiçaria, inveja, problemas na família, separação, dívidas."
O governo abriu uma investigação. Em fevereiro, a Universal e outras igrejas evangélicas brasileiras no país -- Mundial do Poder de Deus, Mundial Renovada e Igreja Evangélica Pentecostal Nova Jerusalém-- foram fechadas.
No dia 31 de março deste ano, o governo levantou a interdição da Universal, única reconhecida pelo Estado.

Mas a igreja só pode funcionar com fiscalização dos ministérios do Interior, Cultura, Direitos Humanos e Procuradoria Geral da Justiça. As outras igrejas brasileiras continuam proibidas por "falta de reconhecimento oficial do Estado angolano". Antes, elas funcionavam com autorização provisória.

As igrejas aguardam um reconhecimento para voltar a funcionar, mas muitas podem não recebê-lo. "Essas igrejas não obterão reconhecimento do Estado, principalmente as que são dissidências, e vão continuar impedidas de funcionar no país", disse Falcão. "Elas são apenas um negócio."

Segundo Falcão, a força das igrejas evangélicas brasileiras em Angola desperta preocupação. "Elas ficam a enganar as pessoas, é um negócio, isto está mais do que óbvio, ficam a vender milagres." Em relação à Universal, a principal preocupação é a segurança, disse Falcão.
Fonte: www1.folha.uol.com.br

sexta-feira, abril 26, 2013

Africanos foram amaldiçoados?


Repudio o uso inadequado das Escrituras Sagradas, a Bíblia, juntamente com as interpretações e afirmações daí decorrentes, especificamente as feitas quanto a supostas maldições existentes sobre africanos e negros. Afirmações dessa natureza são fruto de leitura mal feita de parágrafos bíblicos, tomados fora do seu contexto literário e teológico, que acabam por colaborar com os interesses de justificar pensamentos e práticas abusivas, contrárias ao espírito das Escrituras, cujo foco está na Justiça, na Libertação e na promoção da Vida e Dignidade Humana.


O texto em questão, que tem servido de pretexto para declarações insustentáveis, tanto em púlpitos, redes sociais, na tribuna do Parlamento e até protocoladas junto à Justiça Federal, sob o manto da imunidade parlamentar, versa sobre o significado da passagem bíblica encontrada no livro de Gênesis capítulo 9, versos 20 a 27.

Nessa passagem Noé, embriagado, despe-se e assim é surpreendido por seu filho Cam que, ao invés de manter a discrição e o respeito devidos ao pai, o anuncia aos seus irmãos; estes se recusam a ver o pai nesse estado e, sem olhar para ele, cobrem-no com uma manta. Desperto Noé, ao saber da postura de seu filho Cam, amaldiçoa seu neto Canaã, filho de Cam, destinando-lhe a servidão.

O equívoco em questão dá a entender que a maldição proferida pelo patriarca bíblico contra Canaã, seu neto e filho de Cam, atinge os seres humanos de tez negra que habitaram, originariamente, o continente africano, o que explicaria os vários infortúnios em sua história passada e presente, culminando no longo período em que foram feitos escravos no Ocidente; e que o ato de Cam em ver a nudez de seu pai, mais do que um desrespeito, indica um ato de violação sexual por parte de Cam.

Queremos salientar enfática e categoricamente:

1. Cam teve outros filhos: Cuxe, Mizraim e Pute, e somente Canaã foi amaldiçoado.

2. Embora o comportamento inadequado descrito no texto bíblico tenha sido o de Cam, filho de Noé, o objeto específico da maldição foi Canaã, o neto de Noé. [Segundo Orígenes, um dos pais da Igreja, do século 3, Canaã foi quem avisou seu pai sobre a situação do seu avô, publicando o que deveria ter mantido sob reserva.] Amaldiçoar, no senso bíblico, não determina a história, mas descreve a consequência da quebra de um princípio estabelecido pelo ato desrespeitoso; portanto, significa a percepção de efeitos e desdobramentos de um comportamento específico. Ou seja, a postura de Cam e de seu filho Canaã estabelece um padrão comportamental que resultaria numa situação de inversão paradoxal, em que alguns dentre os descendentes de Canaã se tornariam dominados e serviçais dos seus irmãos.

3. Canaã, neto de Noé, foi habitar e estabeleceu-se na região a oeste do rio Jordão, até a costa do Mediterrâneo (sudoeste da Mesopotâmia), onde os descendentes de Canaã desenvolveram práticas absurdas, inclusive o sacrifício de crianças, e não no continente africano!

4. É de entendimento entre os teólogos especialistas no Antigo Testamento que a maldição profética de Noé sobre Canaã foi cumprida quando da conquista da região povoada pelos descendentes de Canaã, os cananeus, por parte dos filhos de Jacó, sob o comando de Josué há mais de três milênios.

5. A maldição proferida sobre Canaã pelo seu avô Noé significou uma percepção e discernimento sobre uma tendência comportamental de um grupo humano, antevendo o resultado de uma corrupção cultural e civilizatória específica e localizada, e em consequente servidão, e de modo nenhum faz referência à cor da sua pele.

6. Não há nada, absolutamente nada, nem nesse texto bíblico em foco nem na Escritura como um todo, que indique qualquer maldição sobre negros e africanos, e muito menos algo que justifique a escravidão.

7. O texto bíblico precisa ser lido em seu contexto imediato e considerado à luz da totalidade da Escritura, como saudáveis práticas de interpretação bíblica nos ensinam. De acordo com o próprio capítulo 9 de Gênesis, verso 1 e seguintes, é indicado que o desejo de Yaohu e Sua promessa visam a abençoar, dar vida, alimento e todo o necessário para o desenvolvimento de todos os descendentes de Noé, seus filhos e de toda a família humana. A declaração divina de abençoar a Noé e seus descendentes é firme e abrangente, e não pode ser contestada ou reduzida pela declaração relativa e descritiva de Noé a respeito de seu neto.

8. Yaohu reafirma o desejo de abençoar toda a humanidade, todas as famílias da terra, raças e etnias no episódio descrito na sequência da narrativa bíblica, quando da vocação de Abrão (Gênesis 12), intenção que tem seu ápice e culminância na pessoa, vida e ministério do Salvador Yaohushua e continuado em curso na Igreja. Em Cristo, toda maldição é destruída e uma Nova Criação é estabelecida, sendo chamados a participar desse novo concerto todas as nações, etnias, raças, povos e famílias de todas as terras e da Terra toda, sendo revogadas assim todas as maldições e oferecida salvação a todas as pessoas.

9. A alegada violação sexual de Cam a Noé não é sustentada pelo texto. A citação do texto da lei de Moisés que chama a violação de descobrir a nudez não dá suporte a tal alegação, uma vez que os verbos usados são diferentes na raiz e no significado: no primeiro caso, trata-se de observação a distância; e, no segundo caso, trata-se de ato deliberado contra outrem.

10. Toda vez, na história, que esse texto foi aventado a partir dessa hipótese vulgar, tratou-se de ato de má fé a serviço de interesses escusos, seja quando usado para justificar a escravidão de ameríndios no Brasil colonial, seja quando usado para justificar a escravidão dos africanos de tez negra, seja quando utilizado para a elaboração de sistemas legais de segregação social como o que ocorreu nos Estados Unidos, seja quando usado para justificar a política nefasta e mundialmente condenada do “apartheid”.

Tal leitura equivocada da Escritura corre o risco de ser vista como suspeita de esconder outros interesses de natureza política, econômica e de dominação social e religiosa. Não há nenhum apoio bíblico para defender qualquer maldição sobre negros ou africanos, que fazem parte, igualmente e em conjunto, da única família humana.

Lamentamos o equívoco provocado por tal vulgarização do texto bíblico, bem como a banalização quanto ao conteúdo de nossa fé, assim como repudiamos qualquer tentativa, intencional ou não, de uso inadequado do texto para quaisquer fins que não o de promover a vida, a libertação e a justiça, como a própria Escritura expressa muito bem.

Bebê queimado até a morte na fogueira por seita chilena

A que ponto chega a insanidade humana?

Um bebê de três dias de idade, foi jogado em uma fogueira e queimado até a morte em um ritual horrível porque um líder de seita tinha decidido que era o anticristo e que o fim do mundo estava próximo.

A polícia do Chile prendeu quatro pessoas acusadas de participar do ritual em que o bebê foi colocado em uma placa com sua boca amordaçada antes de ser jogado nas chamas.

O bebê foi levado para uma colina na cidade de Colliguay perto do porto chileno de Valparaíso em 21 de novembro, onde o ritual ocorreu. 

Investigação: O suposto ato foi realizado em uma casa em Collguay

A mãe do bebê, de 25 anos de idade, Natalia Guerra, supostamente aprovou o sacrifício. Miguel Ampuero, da Unidade de investigação da Polícia, o equivalente do Chile do FBI, disse: "O bebê estava nu."

"Eles prenderam fita em torno de sua boca para impedi-la de gritar. Então eles colocaram ela em uma placa. Depois de chamar os espíritos e jogou na fogueira vivo."

Ramon Gustavo Castillo Gaete

Procurado: autoridades chilenas disseram que a seita de 12 membros que jogou o bebê em uma fogueira foi formada em 2005 e foi liderada por Ramon Gustavo Castillo Gaete, 36 anos, que continua foragido.

"Todos nesta seita era um profissional", disse Ampuero. "Temos alguém que era um veterinário e que trabalhou como assistente de vôo, temos um cineasta, desenhista. ' Todo mundo tem um diploma universitário.

A polícia disse Castillo Gaete, o líder, foi visto pela última vez viajando para o Peru para comprar ayahuasca, uma bebida alucinógena que ele usou para controlar os membros do rito.

O Demônio está atacando o Mundo

A Palavra de Deus adverte a respeito de um tempo em que forças espirituais tenebrosas virão contra o mundo e tomarão o controle da humanidad...