terça-feira, fevereiro 21, 2012

Navios do Irã alcançam a Síria, China alerta sobre guerra civil

Bashar al Assad, presidente da Síria
O principal jornal da China acusou os países ocidentais de instigarem a guerra civil na Síria e dois navios de guerra iranianos aportaram em uma base naval síria, ressaltando as tensões internacionais crescentes com a crise que já dura quase um ano.

Apesar de continuar com a repressão militar sobre a oposição em cidades de todo o país, o ditador Bashar al Assad seguiu adiante com planos de realizar um referendo no final da semana.

Ativistas na cidade de Hama, no oeste da Síria, disseram que soldados, policiais e milícias ergueram dezenas de bloqueios nas ruas, isolando os bairros.

"Hama está isolada do mundo exterior. Não há telefones, nenhuma rede de celular e não há internet. Prisões de casa em casa são feitas diariamente, e às vezes de forma repetida nos mesmos bairros", dizia um comunicado da oposição.

As tropas do governo aumentaram seu controle sobre Hama depois de uma ofensiva na semana passada que se concentrou nos bairros ao norte, perto das terras que serviam de abrigo para rebeldes do Exército Livre Sírio.

Os combatentes rebeldes vinham atacando milicianos, conhecidos como shabbiha, enquanto evitavam o confronto aberto com forças blindadas que se reuniram ao redor de Hama.

As forças do governo também mantinham o cerco a bairros pró-oposição de Homs, ao sul de Hama. Ativistas da oposição divulgaram bombardeios esporádicos durante a manhã no bairro de Baba Amro.


As forças de segurança também lançaram uma campanha de prisões e incursões em dois subúrbios da cidade de Deraa e havia sons de artilharia, disseram ativistas. Os relatos não puderam ser verificados de forma independente.

As ações de segunda-feira seguiram-se a um final de semana que viu uma das maiores manifestações até agora na capital, enquanto o levante pró-democracia contra os 11 anos de governo de Assad aproxima-se do seu primeiro aniversário.

As forças de segurança mataram pelo menos 5.000 pessoas, segundo grupos de defesa dos direitos humanos, em uma campanha para esmagar a revolta, enquanto o governo de Assad diz ter perdido mais de 2.000 soldados e agentes de segurança no que descreve ser uma luta contra terroristas apoiados no exterior.

O conflito também colocou as potências ocidentais e os países árabes do Golfo contra Assad e seus aliados, Rússia, China e Irã.

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