O governo dos EUA realmente tem uma maneira interessante de definição de guerra nos dias de hoje. Apenas alguns meses após a administração Obama fazer jogo de palavras com o público, insistindo que os ataques aéreos na Líbia eram apenas "ação militar cinética", e não atos de guerra, o Pentágono afirmou que vai tratar todos os atos de cyber-hacking contra os EUA como "atos de guerra".
O anúncio veio na esteira de um suposto ataque cibernético que ocorreu há algumas semanas, contra o empreiteiro da defesa Lockheed Martin. Autoridades dizem que se incidentes de hacking como este ocorrerem no futuro, a retaliação na forma de reverter os ataques cibernéticos, como sanções econômicas e até "ataque militar" podem acontecer.
Um comunicado da Casa Branca também disse que os EUA pretendem "dar resposta aos atos hostis no ciberespaço como seria para qualquer outra ameaça para o nosso país", implicando que os hackers de computador poderão enfrentar ataques de retaliação pelo exército dos EUA.
Assim, quando os EUA decidem invadir nações estrangeiras, muitas vezes sem a aprovação necessária do Congresso, é apenas um simples ato de exercer a energia cinética. Mas quando um hacker de computador corretamente adivinha uma senha e viola os protocolos de segurança do governo dos EUA ou uma de suas empresas contratadas, este é um ato de guerra. E assim vai no mundo arbitrário do complexo militar-industrial, onde as definições de guerra são aplicadas apenas quando beneficiam a oligarquia corporativa.
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