A CNN abriga cientista simpático à alegação de predadores de crianças de que a culpa é das “conexões cerebrais”.
Chelsea Schilling
Indivíduos que estupram crianças ou que fantasiam abusar delas sexualmente merecem simpatia pelo motivo de terem nascido com cérebros de pedófilos?
Essa é a questão levantada por um cientista e âncora famoso da CNN após o recente escândalo envolvendo Jerry Sandusky.
A CNN recentemente publicou uma reportagem de James Cantor, um psicólogo e cientista homossexual do Centro de Dependência e Saúde Mental da Clínica de Comportamento Sexual, que trabalha como professor associado de psiquiatria na Universidade de Toronto.
“Parece que é possível nascer com um cérebro predisposto a experimentar um estímulo sexual em resposta a crianças”, escreve ele em seu artigo para a CNN.
E continua: “Casos de abuso sexual de crianças que envolvem uma longa sequência de vítimas ao longo de anos ilustram o que pode acontecer quando alguém se rende aos seus interesses sexuais, ou deliberadamente os estimula, independente do dano potencial às outras pessoas. São esses casos que dominam as manchetes e provocam repulsa com relação aos pedófilos. Mas eles são raros. Um número incontável de casos merece simpatia. A ciência sugere que eles são indivíduos que, involuntariamente, nasceram com um impulso sexual ao qual devem resistir continuamente, sem exceção, ao longo da vida toda. Pouca ou nenhuma assistência está disponível para eles”.
De acordo com a Associação Americana de Psicologia, Cantor é entusiasmado pelas bases neurológicas do comportamento sexual, e brinca, “Sinto-me sortudo de ter encontrado uma maneira de estimular meu cérebro intelectualmente permitindo-me pensar em sexo o tempo todo”.
Ele estudou os cérebros de homens pedófilos por meio de ressonância magnética. Cantor explica suas descobertas:
“Homens pedófilos possuem uma quantidade consideravelmente menor de substância branca, que é o tecido conjuntivo responsável pela comunicação entre diferentes regiões do cérebro. Os pedófilos executam com desvantagem diversos testes de função cerebral, tendem a possuir estatura mais baixa e são três vezes mais propensos a serem canhotos ou ambidestros (características observáveis antes do nascimento). Embora características não biológicas possam se mostrar relevantes, é difícil, se não impossível, explicar as descobertas da pesquisa descartando um forte papel da biologia”.
Ele explica, da sua experiência com esses indivíduos, que os pedófilos agem com base nos seus impulsos sexuais e estupram crianças “quando se sentem mais desesperados”.
“No entanto, boa parte do que a sociedade faz tem ajudado a aumentar em vez de reduzir esse desespero”, escreve.
Nos EUA, observa Cantor, o foco tende a cair sobre as punições exigidas depois que o abuso sexual aconteceu, em vez de se implantar políticas sociais com foco na prevenção.
“Se são as conexões cerebrais que no fim das contas determinam quem irá desenvolver a pedofilia, poderíamos detectá-las cedo o suficiente para evitar o processo?” pergunta. “Até que descubramos mais informações, faremos um bem maior tornando mais fácil para os pedófilos buscarem ajuda do que forçá-los à discrição solitária”.
Enquanto isso, o âncora da CNN se intromete para expressar simpatia por Sandusky, considerado culpado de 45 das 48 acusações de abuso sexual depois de ter estuprado 10 garotos ao longo de 15 anos.
Don Lemon, da CNN, um homossexual assumido que revelou que foi estuprado quando criança, entrevistou Cantor sobre as suas descobertas. No trecho, ele afirma:
“Sei que muitas pessoas irão me enviar mensagens de ódio por isso. Nunca fui o tipo de pessoa que se alegra com a desgraça dos outros, e quando vi Jerry Sandusky sair algemado, senti um pouco de pena dele, mesmo que saiba que o júri havia descoberto que ele havia feito coisas terríveis, pensei: ‘A vida dele acabou’. Todos esses meninos, foi terrível para eles também. Não há vencedores”.
Enquanto isso, alguns especialistas alertam sobre campanhas bastante controversas nos últimos anos que buscam a simpatia, e até a normalização, da pedofilia.
No ano passado, a Dra. Judith Reisman, que lidera uma investigação do Ministério de Justiça dos EUA sobre o abuso sexual de crianças, afirma que os defensores da pedofilia estão utilizando a mesma estratégia aplicada com sucesso para tornar o homossexualismo um assunto de sala-de-aula para crianças pequenas nas escolas públicas do país.
Conforme noticiado pelo WND, Reisman esteve em uma conferência feita pelo grupo de defesa das “pessoas que sentem atração por menores” B4U-ACT, cujo objetivo era o de disseminar “informações precisas” sobre a posição de que a pedofilia é nada mais do que uma orientação sexual alternativa.
“Se um país estrangeiro viesse e fizesse isso em nosso país, todos ficariam escandalizados”, disse Reisman a respeito do evento do B4U-ACT, em que também esteve presente Matt Barber, vice-presidente do Liberty Counsel Action.
Os palestrantes pediram a remoção da pedofilia da lista de distúrbios mentais da Associação Americana de Psiquiatria no seu Manual Diagnóstico e Estatístico de Desordens Mentais (MDEDM).
Reisman explica que a mesma estratégia foi utilizada pelos ativistas homossexuais na década de 1970, quando a atração pelo mesmo sexo foi removida da lista de distúrbios da Associação. Mais tarde, seguiu-se a legalização do “casamento gay”, as aulas obrigatórias sobre o homossexualismo nas escolas públicas e a política que permite o homossexualismo assumido nas forças armadas dos EUA.
“O Dr. John Sadler (Universiade do Texas) argumentou que critérios diagnósticos para distúrbios mentais não deveriam ser baseados em conceitos de vício, uma vez que tais conceitos estão sujeitos a mudanças de atitudes sociais, o que desvia os profissionais de saúde mental do seu papel como terapeutas”, disse a organização B4U-ACT em um relatório sobre sua conferência em Baltimore.
Outra celebridade foi Fred Berlin, da Universidade de Johns Hopkins, que argumenta em favor da “aceitação e da compaixão por pessoas que sentem atração por menores”, continua o relatório.
O relatório se refere enfaticamente a “pessoas que sentem atração por menores” em referência aos pedófilos, e explica que as questões podem ser resolvidas com “informações precisas”. Richard Kramer, que representou o B4U-ACT no evento, sustentou que listar a pedofilia como uma desordem estigmatiza as “vítimas” dessa escolha de estilo de vida.
De acordo com Barber, os palestrantes da conferência disseram que o Manual Diagnóstico deveria “se concentrar nas necessidades” dos pedófilos e deveriam ter “um foco mínimo no controle social” em vez de um foco na “necessidade de proteger as crianças”.
Barber, defensor veemente dos valores judaico-cristãos e da família tradicional, disse ao WND que a conferência foi “a Associação Norte-Americana de Amor entre Homens e Meninos [conhecida pela sigla em inglês NAMBLA] disfarçada da linguagem pomposa de Ph.Ds elitistas”.
A NAMBLA defende abertamente a legalização das relações sexuais entre adultos e crianças.
“Isso é um monte de relativistas morais bem-educados da comunidade de saúde mental tentando atingir a tolerância absoluta", afirma Barber. “Essa gente são discípulos de Alfred Kinsey”.
Foi nas décadas de 40 e 50 que Kinsey, o “pesquisador” sexual, Kinsey publicou os seus escritos ridicularizando o casamento, a fidelidade e a castidade e pregando a experimentação sexual generalizada. Mas de acordo com a pesquisa de Reisman no livro “Sexual Sabotage” (“Sabotagem Sexual”), a pesquisa de Kinsey foi compilada com informações frequentemente obtidas de criminosos sexuais encarcerados, que depois eram retratados como integrantes da classe média americana.
Barber disse que os temas da conferência se tornaram claros rapidamente:
- Os pedófilos são injustamente “demonizados” na sociedade.
- O conceito de “errado” não deveria ser aplicado a “pessoas que sentem atração por menores”.
- “Crianças não são inerentemente incapazes de consentir” à relação sexual com um adulto.
- “O desejo de uma adulto de ter relação sexual com crianças é ‘normativo’”.
- E o Manual Diagnóstico “ignora que os pedófilos ‘possuem sentimentos de amor e romance por crianças’ da mesma forma que adultos heterossexuais possuem uns pelos outros”.
Barber observa que o palestrante autointitulado “ativista gay”, Jacob Breslow, afirma que é natural que as crianças sejam “o objeto da nossa atração”. Breslow sustenta que os pedófilos não deveriam precisar de consentimento de uma criança para ter relações sexuais da mesma forma que não precisam de consentimento de um sapato para calçá-lo, de acordo com Barber.
Berlin havia noticiado anteriormente que 67% dos pedófilos e estupradores de crianças tinham recaídas após serem tratados do distúrbio. Mas os poucos que não tiveram recaídas foram monitorados por apenas dois anos, e qualquer reincidência depois disso não foi relatada. E Reisman observa que mesmo suas “histórias” de sucesso eram anônimas e “não verificadas de forma alguma”.
Em um comentário relaciotado feito para o WND, Reisman afirma que “O caminho da Associação Americana de Psiquiatria para normalizar a pedofilia segue o sucesso da campanha do anarquismo homossexual. Possivelmente o lobby da mídia pedófila orientou os beijos apaixonados entre meninos na série de TV ‘Glee’ para permitir que seus amigos “que sentem atração por menores” possam ser vistos cada vez mais como ‘amigos’ sexuais de meninos’.
“O B4U-ACT alega estar ‘ajudando profissionais de saúde mental a aprenderem mais sobre a atração a menores e considerar os efeitos dos estereótipos, dos estigmas e do medo’. Enquanto o grupo alega querer ensinar aos pedófilos ‘como viver plenamente e se manter dentro da lei’, ninguém sugeriu como parar com seu desejo sexual por crianças ou com os abusos sexuais”, escreveu.
No entanto, em 2010, quando o Cardeal Tarcisio Bertone, secretário de estado do Vaticano, associou o homossexualismo aos abusos sexuais, Cantor rejeitou a alegação de que haveria uma ligação entre o homossexualismo e a pedofilia.
“A literatura científica é solidamente clara que não há absolutamente nenhuma associação entre ser gay e ser um pedófilo”, disse à CNN.
Traduzido por Luis Gustavo Gentil do artigo do WND: “Has the normalizing of pedophilia begun?”
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